terça-feira, agosto 16, 2005

Elvis

Há 28 anos, em 16 de agosto de 1977, morria Elvis Presley. Eu era apenas uma criança de cincos anos e, claro, não me lembro de nada sobre a morte dele. Por sorte, entretanto, minha mãe é um dos milhões de fãs daquele que considero o maior cantor de todos os tempos. A conseqüência disso foi lógica: cresci ouvindo Elvis Presley.
Esse hábito me fez muito bem. Foi a partir de Elvis que construí meu gosto por Rock, Blues e Black Gospel. Aliás, o Gospel era o estilo musical predileto de Elvis. Ele tinha sim uma grande fé em Cristo. Algumas pessoas acham controverso o fato de ele ser um cristão e ter morrido drogado. Na verdade, Elvis não morreu drogado, como muitos pensam. Ele jamais consumiu drogas, nem as comuns da época, como álcool, ácido, ou maconha. A obesidade, entretanto, lhe trouxe uma série de doenças, já no final da vida. Não conseguia dormir e, por isso, se entupia de remédios. Ficou viciado neles. Mas nunca abandonou sua fé. A morte da mãe foi sua grande dor. Casou-se. Teve uma filha. Separou-se. Era adorado pelos amigos e, principalmente, pelos fãs. Mas isso não lhe fazia bem.
Certa vez, num show em Atlanta, um grupo com seis garotas estendeu uma enorme faixa que dizia: “Elvis é o Rei!”. No meio do espetáculo, Elvis, enfurecido, mandou parar a música, apontou para as garotas e disse: - Vocês estão enganadas: Jesus é o Rei!. As garotas enrolaram a faixa e assistiram ao restante do show, caladas, envergonhadas.
Quando soube dessas estórias sobre Elvis já não era mais aquela criança que ouvia os discos de minha mãe. Além de ser, em minha opinião, o maior cantor de todos os tempos, passei a ver Elvis como um dos maiores corações de todos os tempos. Foi bom ser influenciado pela música de Elvis. Foi bom saber quem era Elvis fora dos palcos. Um homem que, até hoje, vendeu mais de um bilhão de discos (!), sem jamais ter feito um show sequer fora dos Estados Unidos. Um homem que se tornou uma das maiores fortunas do mundo, mas jamais abandonou suas raízes, sua cidade, seus amigos. Sem dúvida, esse é um bom exemplo de alguém para se ter como ídolo.Os velhos discos de vinil da minha mãe evoluíram para os cds e dvds que tenho hoje. Certamente, minha filha também crescerá e, inevitavelmente, também ouvirá Elvis Presley. Tomara que, assim como o pai, ela também se torne uma fã da boa música e do bom coração de Elvis. Tomara.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Legal seu texto sobre Elvis. A morte dele foi um marco em minha vida. Tinha apenas 10 anos e estava na frente da tv qdo a notícia extraordinária foi dada pelo plantão Globo. De lá para cá me tornei fã dele como pessoa e sua música sem precedentes mudaram minha visão do mundo. Ele tem uma amabilidade na voz que torna os momentos em que o ouvimos, mais felizes e cheios de esperança. Costumo dizer que Elvis deve ser lembrado ao lado de figuras como Bach,Mozart e Beethoven. Ele sem dúvida é eterno e prova disto é o carinho que minha sobrinha de 4 anos já nutre por ele, uma lenda que jamais morrerá.

fevereiro 28, 2006 2:57 PM  

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