sexta-feira, outubro 21, 2005

Esperança

Todo o meu esforço canalizo para a vida. Não para o equilíbrio, não para as certezas. Caminho suportando nas costas todo o peso da desesperança, pois que a esperança, é ridículo, dramático, que a humanidade ainda precise de tê-la.
Esperança em quê? Em remédios que curem?... Em poemas que se dão de mão em mão?
E as cartas sem resposta? E os becos sem saída? E a nova hipocrisia? E o deus-dinheiro que nos espreita a cada esquina?... e a África? E a América Latina? E esses país...E todas essas universidades e tantos analfabetos?...
Toda gente sabe a extensão da verdade: surpreendendo a paisagem esfomeada, o gatilho já não precisa do dedo de ninguém.