quarta-feira, maio 25, 2005

4 a 3

4 a 3. Parece até placar de clássico do futebol. Resultado digno de um Fla-Flu dos velhos tempos, sempre equilibrado. Equipe com craques fenomenais e ataques impiedosos. Mas falo aqui não do resultado de uma simples partida de futebol. Esse foi o placar que condenou Elias Maluco pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. A equipe da promotoria, bem treinada e com preparo físico inapelável, conseguiu marcar quatro belos gols e calar a torcida adversária (será que Elias Maluco tinha torcida? Talvez sim, afinal, além de ter um time completo de advogados para defendê-lo, até uma esposa ele arranjou.). Mas o resultado apertado causou espanto aos cronistas. Todos previam uma goleada massacrante: 7 a 0 era o placar que liderava os “bolões”. Mas, assim como o futebol reserva muitas surpresas, a Justiça também inspiraria o lendário filosofo do futebol, Nenê Prancha. “- A Justiça é uma caixinha-preta de surpresas”, diria o sábio. E não é que o pior (ruim, mau, triste e asqueroso) time de Elias Maluco entrou em campo com a vantagem de três gols: homicídio triplamente qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver. Quase houve um empate! Mas os cartolas advogados não se deram por vencidos, e acreditam que ainda podem evitar o rebaixamento de Elias Maluco, no “Tapetão”, é claro. Já entraram com recurso para a anulação da partida, ou melhor, do julgamento. Deus queira que esse timinho seja banido do futebol, definitivamente!