quinta-feira, junho 09, 2005

Bad news, good news

"Bad news, good news". A frase está estampada na entrada da redação do New York Times e mostra um pouco do cotidiano de um jornalista. Notícias boas quase não vendem jornal. Notícias ruins sim. Essas engordam o bolso dos empresários da comunicação.Só que os jornalistas - a maior parte deles pelo menos - não se dão conta das catástrofes que acontecem diariamente com eles próprios. Salários humilhantes. Falta de condições de trabalho. Falta de liberdade de expressão - e de reclamação também! E isso acontece em todos os lugares, sem exceção.Os dados não negam. A crise da imprensa reflete em demissões e em cortes salariais. Todos os setores de trabalho e profissionais liberais enfrentam instabilidade ocasionada pela situação econômica do País. E não é diferente ao meio jornalístico. É questionável o fato de existirem investimentos tecnológicos nesta área, geralmente milionários, e não haver condições para o pagamento do ônus salarial e melhoria nos setores de trabalho. Baixos salários, péssimas condições de trabalho... Essa é a vida do jornalista, que normalmente trabalha 48 horas semanais - no mínimo - e ainda corre o risco de ser demitido e cobrir horários de quem já foi. Uma profissão que tem o intuito de reivindicar os direitos dos cidadãos, mas que não defende seus próprios direitos. Um trabalho subumano.É por isso que dizem que o jornalista tem que amar a profissão. Eu amo minha porfissão, mas preciso viver. Preciso sobreviver. Preciso continuar amando escrever, bad or good news.