Garganta Profunda e os Pecados Capitais
A reportagem da revista Vanity Fair que revelou a identidade da fonte mais preservada dos últimos tempos, W. Mark Felt – o Garganta Profunda – traz outras revelações. A história daquela que foi talvez a maior reportagem de todos os tempos transformou Bernstein e Wodward nos responsáveis, não só pela queda de Nixon, mas também pela minha inclinação ao jornalismo.
Agora, depois de trinta anos, o episódio me traz novas e curiosas revelações sobre o comportamento humano, pois explicitam a tendência do homem em cair diante dos chamados "Pecados Capitais". Então, vejamos:
SOBERBA: A declaração do ex-diretor do Washington Post, Ben Brandlee, de que o Garganta Profunda foi o “último caso desconhecido”. Isso faz parecer que tudo o que foi feito em jornalismo depois disso, se não teve o mesmo impacto histórico, também não teve a menor importância...
INVEJA: As reportagens do New York Times sobre a revelação de Felt exaltam o “furo” que a Vanity Fair teria dado no Post. Depois o jornal deixa implícito que a série de reportagens teria sido a única coisa que prestasse na história do seu maior concorrente...
IRA: Não é preciso nem lembrar as reações que surgiram contra Felt. Pat Buchanan, assessor direto de Nixon, por exemplo, disse que Felt “não passa de uma cobra. Um traidor”.
AVAREZA: Tudo indica que Felt só tenha se revelado por dinheiro. Principalmente influenciado pela filha caçula, Joan, que queria “pagar a conta da educação dos filhos”...
PREGUIÇA: Durante os dois anos em que a Vanity Fair trabalhou na reportagem, Wodward teria marcado dois encontros com Felt e a família, justamente para escrever um artigo que revelaria o Garganta Profunda. Cancelou os dois encontros por não querer viajar até a Califórnia para se encontrar com Felt, a quem ele “nem ao menos sabia se estava em perfeitas condições mentais”.
LUXÚRIA: Ao que parece, a garganta de Felt era bem mais profunda que a de Linda Lovelace. Para chegar ao clímax, Felt precisou dar uma segunda com Wodward, e dessa vez, passando o repórter para trás.
GULA: Apesar de certamente os 15 repórteres da Vanity Fair durante a apuração da matéria que revelou Felt tenham consumido milhares de cafezinhos, refrigerantes, cerveja, sanduíches etc., a maior gula mesmo é a que tenho em continuar devorando as reportagens que remetam ao Watergate e, quem sabe, encontrar novas revalções da tendência humana.
Agora, depois de trinta anos, o episódio me traz novas e curiosas revelações sobre o comportamento humano, pois explicitam a tendência do homem em cair diante dos chamados "Pecados Capitais". Então, vejamos:
SOBERBA: A declaração do ex-diretor do Washington Post, Ben Brandlee, de que o Garganta Profunda foi o “último caso desconhecido”. Isso faz parecer que tudo o que foi feito em jornalismo depois disso, se não teve o mesmo impacto histórico, também não teve a menor importância...
INVEJA: As reportagens do New York Times sobre a revelação de Felt exaltam o “furo” que a Vanity Fair teria dado no Post. Depois o jornal deixa implícito que a série de reportagens teria sido a única coisa que prestasse na história do seu maior concorrente...
IRA: Não é preciso nem lembrar as reações que surgiram contra Felt. Pat Buchanan, assessor direto de Nixon, por exemplo, disse que Felt “não passa de uma cobra. Um traidor”.
AVAREZA: Tudo indica que Felt só tenha se revelado por dinheiro. Principalmente influenciado pela filha caçula, Joan, que queria “pagar a conta da educação dos filhos”...
PREGUIÇA: Durante os dois anos em que a Vanity Fair trabalhou na reportagem, Wodward teria marcado dois encontros com Felt e a família, justamente para escrever um artigo que revelaria o Garganta Profunda. Cancelou os dois encontros por não querer viajar até a Califórnia para se encontrar com Felt, a quem ele “nem ao menos sabia se estava em perfeitas condições mentais”.
LUXÚRIA: Ao que parece, a garganta de Felt era bem mais profunda que a de Linda Lovelace. Para chegar ao clímax, Felt precisou dar uma segunda com Wodward, e dessa vez, passando o repórter para trás.
GULA: Apesar de certamente os 15 repórteres da Vanity Fair durante a apuração da matéria que revelou Felt tenham consumido milhares de cafezinhos, refrigerantes, cerveja, sanduíches etc., a maior gula mesmo é a que tenho em continuar devorando as reportagens que remetam ao Watergate e, quem sabe, encontrar novas revalções da tendência humana.
3 Comments:
Mais que presentes na reportagem da Vanity Fair, os sete pecados capitais também deram a luz no escândalo que envolveu Nixon. Luxúria, avareza e preguiça - e todos os outros pecados - são presença constante no vocabulário dos políticos. Que Deus nos livre! (dos pecados e, quem sabe, dos políticos)
Mais que presentes na reportagem da Vanity Fair, os sete pecados capitais também deram a luz no escândalo que envolveu Nixon. Luxúria, avareza e preguiça - e todos os outros pecados - são presença constante no vocabulário dos políticos. Que Deus nos livre! (dos pecados e, quem sabe, dos políticos)
Marcelo, que inteligência! Fiquei orgulhoso.
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