sexta-feira, junho 10, 2005

O Príncipe

O Príncipe, escrito entre 1513 e 1516, é a obra literária mais conhecida de Nicolau Maquiavel, um pensador político florentino. Este livro é a síntese do conhecimento de Maquiavel sobre a arte política dos antigos príncipes e dos estadistas de sua época. Ao contrário de filósofos como Platão e Aristóteles, Maquiavel não aponta a forma ideal de governo, mas sim, transcreve e traduz atos concretizados.
Maquiavel é antes de tudo um "psicólogo político" que conhece a natureza dos homens. É como se tivesse inventado uma forma de se analisar detalhadamente cada ponto dos Estados, indicando os fatores que resultaram no surgimento e na queda dos mesmos .
Sua objetividade analítica lança um novo sentido de moral fundamentado no bem-estar da comunidade, aquela que pertence ao Estado hegemônico. Quanto aos dominados, cabe ao príncipe decidir como agir, sempre levando em consideração, que estes poderão ser a base de seu triunfo como também da sua ruína.
O Príncipe é um condensado do aspecto trágico e real da natureza humana. É justamente esta característica que a impulsiona através dos tempos. Nos dias de hoje, a obra de Maquiavél ainda é, surpreendentemente, atual. Só que, no Brasil petista, o príncipe não seria Lula, mas Roberto Jeferson. E o "mensalão" não passaria de um tratado hegemônico da canalhice. Nossos políticos não são maquiavélicos, são simplesmente príncipes de Maquiavel. Príncipe canalhas, que não se importam com a navalha que corta a carne. Nem a deles, nem a nossa.