segunda-feira, junho 12, 2006

Chega de anonimato

THE WASHINGTON POST reduz uso de fontes anônimas


Sobre artigo de Deborah Howell

Mais uma vez a ombudsman do Washington Post, Deborah Howell, abordou um assunto polêmico no meio jornalístico: fontes anônimas. Deborah inicia sua coluna de domingo [4/6/06] afirmando que o uso de fontes anônimas pode prejudicar a credibilidade do jornal. De acordo com ela, o manual de normas do Post informa que "quando usamos uma fonte não identificada, pedimos aos nossos leitores um voto de confiança na informação que estamos fornecendo. Devemos estar certos de que o benefício dos leitores vale o custo da credibilidade".
Desde 2004, o Post passou a incentivar os seus repórteres a pararem de usar fontes anônimas. Uma regra estabelecida então afirma que o jornal "quer ser o mais transparente possível com os leitores, para que eles saibam de onde foi retirada a informação". Uma pesquisa feita na segunda e terceira semanas de abril nos anos de 2004, 2005 e 2006 mostra que os repórteres do Post têm conseguido seguir tal regra.
Deborah analisou os artigos publicados nestas semanas e verificou que, em 2004, 66 matérias continham fontes anônimas; em 2005, o número foi para 68 e, em 2006, caiu para 45. Ainda assim, a ombudsman afirma que muito tem de ser feito para diminuir estes números, pois grande parte das citações anônimas não era suficientemente justificável. Muitas revistas e jornais do País mantém esse tipo de relação com as fontes, se é que realmene eslas existam. Quem perde somos nós, leitores.


1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

O pretexto de "aumentar a credibilidade" pode ser um disfarce para o jornal não ter que assumir as pressões que o governo Bush vem fazendo sobre a imprensa americana. Lembrem-se dos recentes casos de jornalistas processados por não revelarem suas fontes.

junho 13, 2006 1:16 PM  

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