segunda-feira, setembro 11, 2006

O melhor

Sempre gostei de Fórmula-1. Nelson Piquet sempre foi meu piloto preferido. Muitos o odiavam pelo seu temperamento, péssimo humor e, às vezes, até falta de educação. Na verdade, quando Piquet vestia a malaclava e se equipava com seu capacete vermelho-e-branco ficava completamente transtornado. Alucinado pela vitória. Ganhou três títulos mundiais numa época de pilotos tão geniais quanto ele.
Aí apareceu Senna. Um fenômeno. Protagonizou, ao lado de Piquet, a corrida mais fantástica até hoje da F-1. Um grande prêmio da Hungria, uma das pistas mais travadas da história onde, até na F-1 atual, as ultrapassagens acontecem apenas nos boxes. Mas Senna e Piquet, disputando curva a curva, conseguiam sucessivas aultrapassagens. A mais incrivel delas, entretanto, considerada até hoje a mais espatacular da categoria, coube à Piquet. Ultrapassou Senna na curva do final da reta, por fora, com o carro saindo nas quatro rodas, ao estilo piloto-louco-de kart. Incrível!
Essa foi, talvez, a passagem do cetro para Senna. E Senna soube muito bem reinar.
Talvez aquela ultrapassagem de Piquet tenha despertado em Senna o perfeccionismo que caminhou a seu lado durante toda a sua gloriosa carreira. O preferido dos brasileiros. O mais vencedor, o mais rápido de um povo que parece ter nascido com gasolina nas veias. Até os fãs de Piquet tinha que dar o braço a torcer. Senna suplantara o antes genial - e genioso - Nelson. E o mundo inteiro também se curvou ao brasileiro.
Muitos dizem que se Senna não tivesse morrido, Schumacher não seria 7 vezes - partindo para o oitavo título - campeão mundial. Não teria as incríveis 90 vitórias. E ainda estaria correndo atrás do recorde de poliposotions de Senna. Tamém acho. Pelo menos em partes. Talvez ele tivesse um ou dois títulos mundias a menos. Quem sabe até umas 15 ou 20 vitórias não lhe seriam computadas. Mas continuaria sendo Schumacher. A Fórmula-1 jamais verá uma performance como a do alemão. Como bati palmas para Senna, agora aplaudo Schumacher. O maior piloto de todos os tempos da Fórmula-1. Não era carismático como Senna, nem sangue-quente como Piquet. É frio. Calculista. E multicampeão. É o melhor.