terça-feira, novembro 29, 2005

De um diário qualquer

Espero também uma carta que nunca chega, enquanto imensas nuvens brancas passam. O céu continua azul como o lençol da cama, o café continua em cima da mesa, e o telefone continua no gancho, mudo. Penso no resto, mas o que resta foi ali, dar uma volta - e ainda não retornou. Então deito no sofá e ponho as pernas para cima, os pés encostados na parede, a cabeça perto do chão: eu inverto o mundo. E gosto disso.