quinta-feira, julho 13, 2006

Doença de jornalista

Síndrome de Burnout

"Burnout', síndrome do estresse excessivo no trabalho, pode colocar uma carreira em risco

Você anda se irritando à toa no trabalho? Só consegue tratar os colegas ou clientes com cinismo? Está se sentindo sem estímulo, sem vontade de ir ao serviço e acha que tudo o que produz está ruim? Cuidado, pois você pode estar sofrendo de síndrome do esgotamento profissional, também conhecida como 'burnout'.
Professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e especialista em psicologia organizacional e do trabalho, Carmem Lucia Arruda Rittner conta que os sintomas do esgotamento profissional não aparecem de uma hora para outra, mas muitas pessoas não se dão conta de que estão sofrendo do mal.
Segundo Carmem Lúcia, alguns dos fatores que podem desencadear o 'burnout' estão justamente no ambiente de trabalho, como a competição, o excesso de horas trabalhadas e a sobrecarga de serviço. As mudanças são, segundo a professora da PUC, alguns dos elementos que mais levam à síndrome. As mudanças não precisam ser, necessariamente, de cidade, mas até de funções ou adaptações a novas tecnologias.
Nesse aspecto, garante a psicóloga, o 'burnout' é particularmente perverso em países como o Brasil. 'Temos empresas modernas, que estão se desenvolvendo tecnologicamente, mas um sistema educacional não tão moderno assim.' Com isso, diz, o profissional tem de procurar especialização para manter o cargo, se sobrecarregando.
A psiquiatra Aida Cristina Suozzo, da Santa Casa de São Paulo, conta que as profissões mais vulneráveis são as que envolvem serviços, tratamento e educação. De acordo com a psiquiatra, a síndrome tem três dimensões: a exaustão emocional (falta de energia), despersonalização (tratar colegas e clientes como objetos) e a diminuição da realização pessoal no trabalho.
Os sintomas psíquicos, segundo a médica, vão de tristeza e baixa auto-estima a impaciência e problemas de concentração. Já os comportamentais incluem abuso de álcool, agressividade e isolamento social, entre outros.
Aida afirma que alguns portadores da síndrome chegam a abandonar os cargos após anos de investimento na carreira e também levam o problema para o ambiente familiar. Para ela, é importante que os trabalhadores identifiquem as causas e conseqüências e procurem ajuda. Técnicas de relaxamento, diz ela, também podem ajudar.
Presidente da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan, a professora Maria Angela Soci conta que muitos médicos encaminham pacientes com esgotamento profissional para as aulas como modo de relaxamento, mas há quem chegue lá por iniciativa própria.
Segundo Maria Angela, o tai chi, concebido como arte marcial, ensina a manter equilíbrio e paciência para uma 'batalha'. 'É isso que a pessoa acaba levando para o trabalho, conseguindo mudar atitudes mesmo sem alterar o ambiente', diz.(Eduardo Vallim)

SINTOMAS

Esgotamento emocional; Desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade ou de cinismo com colegas no trabalho; Sintomas físicos de estresse, tais como cansaço e mal-estar geral ; Manifestações emocionais como falta de realização pessoal, tendências a avaliar o próprio trabalho de forma negativa, vivências de insuficiência profissional, sentimentos de vazio, esgotamento, fracasso e impotência; Irritabilidade, inquietude, dificuldade para a concentração; Baixa tolerância à frustração, comportamento paranóides ou agressivos


MANIFESTAÇÕES
COMPORTAMENTAIS

Consumo excessivo de café, álcool, remédios e drogas ilegais; Baixo rendimento pessoal, distanciamento afetivo dos clientes e companheiros como forma de proteção do ego; Aborrecimento constante; Atitude cínica, impaciência e irritabilidade; Sentimento de onipotência, desorientação; Sentimentos depressivos, freqüentes conflitos interpessoais no ambiente de trabalho e na família


FATORES DESENCADEANTES

Sobrecarga de trabalho, com agentes estressores como urgência de tempo, responsabilidade excessiva, falta de apoio e expectativas excessivas de nós mesmos e daqueles que nos cercam; Falta de estímulos; Alterações do sono pelos horários de trabalho, viagens e variações do ritmo das atividades sociais; Falta de perspectivas; Mudanças constantes, como as determinadas pela empresa com a chegada de uma nova chefia ou às devidas a novas tecnologias ou às impostas pelo mercado, entre outras; Horas trabalhadas ininterruptamente


Fonte: Folhapress

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Quando troquei a redação pela assessoria de imprensa pensei que os meus "problemas" iam diminuir (terminar nunca). Doce ilusão, apenas mudaram de nome. O esforço e a empolgação de tentar fazer um trabalho legal e criativo são tolhidos por pessoas que mascaram sua incompetência ou desconhecimento do assunto com frases como "sou eu quem manda, por isso eu quero que seja assim". Desculpem o desabafo.

julho 23, 2006 1:48 PM  
Anonymous Anônimo said...

i donte understande

julho 23, 2006 3:19 PM  
Anonymous Anônimo said...

I like it! Good job. Go on.
»

agosto 12, 2006 12:26 PM  
Anonymous Anônimo said...

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agosto 17, 2006 4:40 PM  

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