sexta-feira, abril 27, 2007

Incrível

O Sequestro em campinas durava 52 horas e, incrível, acabou justamente no time do Jornal Nacional. Só para a Cristina Maia entrar ao vivo, passado a bola para a Fátima Bernardes... Parece até que o sequestrador tinha um relatório do Ibope pra saber qual a hora melhor para veicular seu comercial....
Esse JN é poderoso mesmo!!!

terça-feira, abril 24, 2007

Mais uma (genial) do Google

Eu acho esses caras fantásticos. Sou realmente um fã do Google e de tudo que ele inventa. A mais recente é o Google Books. Por esta ferramenta é possível pesquisar entre milhares de títulos de livros que estão disponíveis, legalmente, na internet. Encontrado o livro, você pode pesquisar em seu conteúdo, ler a obra completa ou, em alguns casos permitidos, até baixar os arquivos. Genial, realmente.

sábado, abril 21, 2007

Bons Tempos IV - Jethro Tull

Algumas pessoas me disseram que demoro demais para postar outro capítulo dessa série que criei. O fato é que, claro, além da falta de tempo, não quero fazer uma postagem de uma banda qualquer. Tem que ser especial. Tem que valer a pena. Quando ouvi Jetho Tull pela primeira vez, pensei que já conhecia tudo de Rock. Foi especial, e valeu a pena ter conhecido essa mistura louca de rock, folk, blues e jazz. Não é qualquer banda que é capaz de trabalhar com essa verdadeira salada, sem errar no tempero. Mas o Tull é assim. Excêntrico, louco. Assim como Ian Anderson, vocalista, letrista, flautista incrível, e louco. Quer saber o que é Jethro Tull, ouça Aqualung, como nos Bons Tempos!

quinta-feira, abril 19, 2007

Coincidências?

Dois episódios violentos inundaram os noticiários esta semana: A matança na Virginia Tech e o tiroteio no Morro da Mineira, no Rio. Ao todo foram 50 mortos. Todos em abril. Seria apenas uma coicidência?
Ou alguém se lembra dos seguintes acontecimentos do mês de abril:
A chacina da escola em Columbine ocorreu em 20/4/1999.
O Unabomber, Theodore Kaczynsky, matemático anarquista que desde 1978 enviou 16 cartas explosivas a professores, cientistas e astronautas, finalmente assumiu a responsabilidade pelos atentados numa carta enviada ao New York Times. Data: 24/4/1995.
Uma picape carregada com duas toneladas de explosivos explodiu em frente a uma repartição federal em Oklahoma, dias antes: 168 mortos, muitos negros e hispânicos. Data: 19/4/1995.
Nasce em Braunau, Áustria, aquele que entrará para a história da humanidade como o maior e mais frio genocida: Adolf Hitler. Data: 20/4/1889
Coincidências, claro.

sábado, abril 14, 2007

A popularidade de Lula e a imprensa

O que a mídia não viu na pesquisa sobre Lula

No tira-teima da eleição presidencial de 2006, o tucano Geraldo Alckmin, encarnando por ter chegado lá o que pudesse haver de anti-lulismo no eleitorado, teve 39% dos votos válidos.
Passados cinco meses e meia dúzia de dias daquele segundo turno, o sentimento antilulista encolheu, a julgar pela pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem e esmiuçada nos jornais de hoje - mas não o bastante para destacar esse fato da maior importância política.
O emagrecimento do sentimento oposicionista, no período, foi muito mais do que proporcional à engorda da popularidade do presidente. Ele foi eleito com quase 61% dos votos válidos. Agora, é aprovado por quase 64% dos brasileiros [e reprovado por pouco mais de 28%].
Mas onde transparece com maior nitidez a desidratação do anti-lulismo é em dois outros resultados da sondagem.
Um revela que perto de 25% dos entrevistados acham que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não vai ajudar o país a crescer. Coerentemente, segundo outra resposta, perto de 26% consideram o governo federal o principal responsável pela crise aérea.
É de apostar que os pessimistas do PAC e os que culpam o governo pelo apagão aéreo são essencialmente os mesmos entrevistados.
Esse, portanto, parece ser o diminuído eleitorado oposicionista: um em cada quatro votantes.
No mais, ouvindo especialistas como a pesquisadora Fátima Pacheco Jordão e os cientistas políticos Fábio Wanderley Reis e Carlos Melo, a mídia apontou com precisão que a grande maioria dos brasileiros dissocia o presidente de tudo que não gosta no país - a começar do próprio poder público [apenas 5% da população confia na instituição governo e ínfimo 1% confia na instituição parlamentar].
Ou, invertendo os termos da equação - numa espécie de "não li, mas já gostei" - 59% dos entrevistados pelo Sensus não ouviram falar do PAC. Mas 58% acham que o programa vai ajudar o país a crescer.
Tudo considerado, o apoio a Lula e a blindagem em torno de sua figura derivam de dois fatores.
Um é o seu "inegável talento de comunicador", nas palavras de Fátima. Graças a isso, passa a idéia de que são os outros, não ele, os que fazem o governo claudicar, na percepção da sociedade.
O outro fator, destacado por Fernando Rodrigues na sua coluna de hoje na Folha, é a política social de que é impossível dissociar a imagem do presidente. Os dados que juntam "o nome à pessoa":
Quinze por cento dos entrevistados se beneficiam diretamente do Bolsa Família ou de outros programas de transferência de renda; outros 42% conhecem algum beneficiado; e 66% os aplaudem, em conjunto, porque "ajudam a população" e "levam ao desenvolvimento".
Em suma: hoje como hoje, Lula está com tudo e a oposição não está com nada.


Luiz Weis

domingo, abril 08, 2007

Jornalista mexicano vai fundo na sujeira

O mexicano José "Pepe" Martínez, 50 anos, 30 de jornalismo, não se faz de vítima, aceita resignado o fardo como parte do seu trabalho, mas ainda se diz incomodado – algo inquieto – com sua condição de um dos 50 jornalistas mais ameaçados do mundo, segundo relatório compilado pelo Departamento de Estado americano: até mesmo nas mais comezinhas atividades cotidianas – comprar pão e leite, pegar o jornal na banca da esquina, levar as filhas para a escola, "desayunar con los cuates" (lauto e longo café da manhã com amigos, típico do México) – ele é sempre vigiado por quatro guaruras (guarda-costas) da Procuradoria Geral da República, que, a uma distância discreta, dentro de peruas blindadas, garantem, bem armados, sua segurança e a de sua família, dia e noite.
Foi ele próprio, Martínez, autor de sete livros de denúncias sobre a corrupção e as arbitrariedades do poder político mexicano (200 mil exemplares vendidos), quem pediu essa proteção às autoridades, cansado e atemorizado pelas constantes ameaças à sua vida por haver se transformado, ao longo dos últimos vinte anos, no mais sério e respeitado jornalista investigativo do país.
Em entrevista ao Observatório da Imprensa, ele diz que a pressão hoje diminuiu, os telefones não estão mais grampeados, já pode sair à rua com certa tranqüilidade, mas as angústias devem se intensificar de novo, em maio próximo, com a publicação do seu oitavo livro, agora sobre as misérias do jornalismo mundial, com destaque para o mexicano.
Martínez visitou São Paulo e Rio para sondar o interesse de editoras brasileiras na publicação do livro que consolidou de vez sua reputação – a biografia não-autorizada do magnata mexicano Carlos Slim (Carlos Slim. Un retrato inédito, Oceano, México, 2002). Seu personagem é o homem mais rico da América Latina, dono da América Móvil e das companhias brasileiras de telecomunicações Embratel e Claro, mas que não lhe rendeu dissabores maiores – pelo menos quanto a riscos de vida.
Este não se trata de um livro de apologia ou adulação ao homem de negócios mais poderoso do país, ao contrário: não poupa críticas aos métodos de trabalho de Slim, envolvido num dos grandes escândalos dos últimos anos no México: a forma como ele, graças à sua amizade com o ex-presidente Carlos Salinas de Gortari, teria sido favorecido na compra da empresa estatal Telmex.
Slim, que leu o livro já escrito e editado, pronto para ser impresso, só chiou sobre o prefácio, duríssimo, de autoria de outro jornalista de prestígio, Carlos Ramírez, e conseguiu, pressionando aqui e ali, removê-lo do livro de mais de 100 mil exemplares vendidos e seguidas reedições, incluindo traduções a outros idiomas (filho de imigrantes libaneses, ele facilitou a circulação da obra em países árabes).
Quando traduzido ao português, terá um capítulo de atualização sobre os investimentos do empresário mexicano no Brasil: 1 bilhão de dólares em setores pesados, como ferrovias, rodovias, aeronáutica, além de mais recursos na rede de telecomunicações que vem montando no país.