segunda-feira, outubro 30, 2006

Bancada

Um terço dos senadores e mais de 10% dos deputados eleitos para o quadriênio 2007-2010 controlam rádios ou televisões. A Agência Repórter Social realizou um levantamento inédito sobre a posse de rádios e TVs por parlamentares, a partir de dados entregues por eles mesmos aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), na maior parte disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para alcançar o total de 27 senadores, a reportagem aproveitou o trabalho do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), do Rio Grande do Sul, que no ano passado divulgou uma lista que incluía os senadores que têm parentes com concessão de rádio ou/e televisão.
O mesmo vale para os deputados, desta vez conforme a lista divulgada em 2005 pelo professor Venício de Lima, da Universidade de Brasília, sobre os deputados que aparecem diretamente na relação de concessionários de rádios e TVs do Ministério das Comunicações.
Segundo Lima, a lista de deputados que têm parentes com concessões ainda não feita, e deve fazer o número de deputados com controle de rádio e televisão passar de 100. Seria uma espécie de "Bancada da Comunicação"?

Se estivessem unidos, certamente não lutariam pelos direitos dos jornalistas... Definitivamente, não.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Sábios assessores

As redações teriam que ser ampliadas em número de profissionais para poder contextualizar a avalancha de meias-verdades produzidas pelos `spin doctors´ dos candidatos.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Mercado da Fé

Já li e ouvi várias matérias sobre o chamado "mercado da fé". Geralmente, os grandes alvos são as denominações evangélicas, ou as similares, como a Igreja Universal e suas famosas "fogueiras-santas" (vale aqui três registros: não considero a Universal como uma denominação evangélica; eu mesmo sou evangélico - longe de ser um modelo; e respeito todas as manifestações religiosas e, principalmente, de fé). Mas essa última é, no mínimo, contragedora. É que o "pop-star-radialista-dublê-de-cantor-hora-ator-e-às-vezes-até-padre", Marcelo Rossi, agora resolveu cobrar para que assistam as suas missas. Segundo Rossi, o preço é "simbólico" - R$2,00 - e serve para "limitar a lotação" dos locais aonde as missas são realizadas. Detalhe: a primeira cobrança será num evento realizado em Interlagos. Como lá deve caber em torno de um milhão de pessoas, Rossi deve querer evitar ama provável superhipermegalotação.
Não acompanho muito a trajetória de Marcelo Rossi, confesso, mas em alguns de seus momentos na TV vi que muitas pessoas que procuram suas missas são, por exemplo, desempregadas. Existe até uma cerimõnia especial para quem quer procurar emprego. As pessoas levam suas carteiras de trabalho para serem aspergidas em "água-benta". Rituais parecidos também acontecem em muitos templos evangélicos, e até de outros credos. Mas como essas pessoas, agora, que às vezes vão às igrejas a pé, já que não têm dinheiro nem ao menos para uma passagem, poderão buscar as bênçãos de Deus, ou do "padre-pop-star"? Parece-me mais a instiuição da acepção de pessoas. Que Deus perdoe a todos os mercadores da fé, eles não sabem o que fazem. Ou sabem?

segunda-feira, outubro 23, 2006

HP espiona jornalistas

Repórter do Journal conta detalhes da espionagem

Em artigo em primeira pessoa publicado na quinta-feira (19/10) na primeira página do Wall Street Journal, a repórter Pui-Wing Tam conta detalhes do processo de espionagem da Hewlett Packard a jornalistas americanos. Segundo ela, a HP teria contratado uma firma de segurança que, entre outras "táticas", chegou a vasculhar o lixo de sua casa.
As informações teriam sido passadas pela própria empresa em um encontro com a jornalista no dia anterior. "Eu soube disto – e mais – enquanto estava sentada em uma sala de reuniões da firma de advocacia que cuida da HP em São Francisco, onde o advogado John Schultz percorreu uma longa lista de táticas de espionagem que os agentes da HP usaram contra mim como parte do esforço para identificar quais diretores da empresa estariam vazando informações para a imprensa", escreveu Pui-Wing.
Durante um ano, a empresa teria tentado, em pelo menos cinco ocasiões, acessar os registros de ligações dos telefones de sua casa, da redação e de seu celular. Os investigadores teriam conseguido, por diversas vezes, listas com ligações feitas pela repórter.
"Os agentes da HP tinham minha foto e revisavam imagens de vídeo feitas de mim", diz Pui-Wing. "Eles me ‘vigiaram’ para ver se eu apareceria em certos eventos para encontrar algum diretor da HP (o que eu não fiz)".

Sem mais detalhes

A jornalista afirma que, ainda que tenha fornecido estas informações para ela, Schultz não pôde responder a algumas questões, entre elas como os agentes conseguiram seus números de telefone, quando a filmaram, e se vigiavam sua casa à noite.
Segundo o advogado, não é possível saber de todos os detalhes porque a firma de segurança contratada para a investigação não está cooperando com os pedidos para entregar informações sobre o caso. Os agentes, a mando da HP, teriam investigado pelo menos 10 jornalistas de veículos como o portal CNet, o New York Times e a BusinessWeek.
A espionagem de jornalistas teve início depois da publicação de uma matéria com informações da HP que não deveriam ter sido divulgadas. Os repórteres, que cobriam a empresa, foram investigados na tentativa de dar à então presidente Patricia Dunn pistas sobre quem estaria vazando informações para a imprensa. A revelação do escândalo levou à saída de Patricia. Junto com o chefe de ética da companhia, Kevin Hunsaker, ela é acusada de pelo menos quatro delitos.

Que Massa!

Sobre o megacampeão, Michael Schumacher, já comentei num post anterior. Sobre Fernando Alonso, apesar do bicampeonato, ainda acho pouco provável que ele seja um eventual substituto do alemão. Sobre Massa, esse não me surpreendeu. Se tecnicamente ainda há muito o que apresender, ele é ousado, tem muita vontade de vencer e, sem medo, acelera tudo o que pode. Pela primeira vez, Felipe teve a oportunidade de correr no Brasil com um carro competivo. E fez bonito. Venceu, e emocionou a todos os fãs da F-1 ao repetir o gesto do genial Ayrton Senna, de parar junto aos fiscais e pegar uma bandeira do Brasil para, novamente, após 13 anos, comemorar a vitória de um brasileiro em seu país. Foi realmente massa!
Mas queria falar de Rubinho Barichelo. Esse perna-de-pau que, antes de parabenizar Felipe, disse à Globo que sentia uma "pontinha de vontade" de estar lá (no primeiro lugar do pódio). E mais: insinuou (ou afirmou) que Felipe só venceu porque Schumacher "estaria fora". A verdade é que Rubinho veio ao Brasil com seu Ferrari ainda em melhores condições do que os carros de hoje. Havia toda uma atmosfera, por duas vezes, para que o brasileiro vencesse em seu país e, por incompetência, uma vez da Ferrari, que deixou o carro sem combustível, outra do próprio Barichelo, que rodou numa das curvas de Interlagos, o piloto brasileiro sequer passou perto de uma vitória no Brasil. Já passou da hora de Barichelo ter a dignidade de reconhecer que é um piloto limitadíssimo, e abondonar a carreira. Isso se não quiser continuar com "uma pontinha de vontade" de estar lá, no lugar de Felipe, o Massa!

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terça-feira, outubro 17, 2006

Voto secreto

É preciso votar em quem tem as melhores propostas, certo? O problema todo é que, em ambientes pouco politizados, candidatos são meros produtos com conteúdos e embalagens rapidamente conversíveis e adaptáveis às necessidades e oportunidades do momento. É ou não é?

terça-feira, outubro 10, 2006

Navalha

Na autópsia do debate, os jornais fizeram o dever de casa mostrando onde foi que Lula e Alckmin se apartaram da verdade, ao inflacionar fatos e números favoráveis a si. Ambos foram verdadeiros ao omitir, exagerar e, pior, mentir.
Mas o grande problema é que, infelizmente, uma parte mínima do País se dá ao trabalho (ou ao prazer) de ler um jornal diário, para esmiuçar verdades e mentiras de dois candidatos à Presidência de uma república que sequer oferece a oportunidade de que suas pessoas tenham o mínimo para viver, e comprar um jornal todas as manhãs, para tentar entender sobre falácias e bravatas.
Afinal de contas, o que fazemos aqui? Será que todos nós não passamos de bravatas?

segunda-feira, outubro 09, 2006

Deus me livre!

A inveja é um sentimento ruim, destruidor. Ela agulha o coração, esmaga o raciocínio e paralisa qualquer ação quando vem acompanhado de mágoa e muita, muita raiva. Deus me livre dela. Tanto daqui, quanto de lá...

quinta-feira, outubro 05, 2006

Ética x notícia

Se algum veículo jornalístico considerasse ilegítimo o vazamento das fotos do dinheiro que finaciou o dossiê e decidisse não publicá-las, pouco adiantaria: os concorrentes não teriam o mesmo escrúpulo. Seriam éticos, mas levariam um tremendo furo. Que opçao um jornalista deveria fazer nessa hora?

terça-feira, outubro 03, 2006

É isso.

Os meios de comunicação são cada vez mais uma instância não eleita de poder, num momento histórico em que os poderes eleitos ou instituídos revelam fraquezas alarmantes. Mas isso pode dar a nós, jornalistas, uma falsa sensação de onisciência e onipresença...Ops!...Quase ia fazendo como o Lula, comparando-nos (jornalistas) a Jesus Cristo. Perdoa-me, Senhor!

segunda-feira, outubro 02, 2006

Dúvida

Com os que sobraram para votar no segundo turno, a dúvida está enorme: ficar em casa ou ir à praia? Será que vai dar sol? Cabral e Frossard! Lula...Alckmin. Acho que vou à praia!