sábado, fevereiro 24, 2007

Como detê-las?

Formigas. Essas sim são a maior praga da humanidade. Não adianta qualquer tipo de veneno. Não adiantam receitas caseiras. Não adiantam mandingas. Tampouco fingir que elas não estão lá. Sempre estão lá! E elas me deixam louco. Invadem tudo, sem a menor cerimônia. Como detê-las, realmente? Dizem que as formigas sobrevivem em qualquer lugar, e a qualquer clima. E a minha casa parece ser o habitat perfeito. Para onde olho, lá estão elas... às dezenas. Às centenas. Milhares. Milhões delas.
Outro dia notei uma fresta entre os revestimentos da cozinha. Cheguei mais de perto e lá estava uma delas. Daquelas miúdas. Dizem que se chamam "doceiras". Mas não sei o porquê. Comem de tudo, até creme de barbear. E os aparelhos eletrônicos!. Você já notou que, do nada, algum aparelho eletrônico da sua casa começa a ficar meio que com "personalidade própria"? Não duvide, uma formiga já está no controle! Aliás, milhares delas. Elas adoram estabelecer colônias dentro de micro-ondas, aparelhos de som, teclados de comutadores etc.
Que Deus abençoe as formigas! Elas devem ter alguma missão na Terra que não simplesmente me enlouquecerem... Mas, por favor, se alguém realmente souber como detê-las, por favor me avise.

sábado, fevereiro 17, 2007

Americano premiado por foto no Líbano

O fotógrafo americano Spencer Platt é o grande vencedor do prêmio World Press Photo, anunciado na sexta-feira (9/2). A Foto do Ano mostra jovens libaneses estilosos que passam de carro por uma Beirute devastada por um bombardeio israelense. A imagem contrasta o grupo de amigos bem vestidos e aparentemente abastados com um fundo de tragédia e destruição. Uma das mulheres no carro parece enviar uma mensagem de texto de seu telefone celular, enquanto outra, de óculos escuros, cobre o nariz com um lenço. Platt tirou a foto em 15 de agosto do ano passado para a agência Getty Images. Era o primeiro dia do cessar fogo entre Israel e o Hezbollah, quando milhares de libaneses começavam a tentar voltar para suas casas. A presidente do júri da competição, Michele McNally, do New York Times, descreveu a imagem como "uma foto que você consegue olhar sem parar". "Ela tem a complexidade e a contradição da vida real, em meio ao caos. Esta fotografia faz você olhar além do óbvio", completou.

Premiação importante


Entre as fotografias premiadas, há mais imagens do bombardeio israelense no Líbano e a famosa cabeçada de Zinedine Zidane na Copa do Mundo. Todas as vencedoras podem ser vistas no site do World Press Photo.
O concurso é um dos mais importantes prêmios mundiais de fotojornalismo. Este ano, os organizadores receberam inscrições de 4.460 fotógrafos profissionais de 124 países com 78.083 imagens. Fotógrafos de 23 países diferentes foram premiados em 10 categorias. Platt receberá o prêmio, US$ 13 mil, em uma cerimônia em abril.

Jornal multado por piada com filha de Chávez

Após décadas zombando políticos sem ter problemas com a lei, o comediante venezuelano Laureano Márquez não pensou duas vezes antes de escrever um editorial humorístico, em 2005, para o jornal Tal Cual baseado em um diálogo do presidente Hugo Chávez com sua filha de nove anos. Resultado: Márquez e a empresa editora do diário, Mosca Analfabeta, enfrentam agora multas impostas por uma corte local por "violar a honra, a reputação e a vida particular" de Rosines Chávez Rodriguez, a filha mais nova do presidente.
Márquez se defende alegando que não teve a intenção de prejudicar ninguém. Um dos mais conhecidos comediantes da Venezuela, ele afirma que a multa de US$ 18.600 imposta à editora faz parte de uma iniciativa do governo na qual promotores e juízes pró-Chávez estão sendo usados para silenciar críticos. O colunista também deverá pagar uma multa à parte, ainda a ser determinada. "Acredito que o governo separa a sociedade em grupos de amigos e de inimigos", opinou. "Governos assim são muito sensíveis às críticas e não as toleram". Já Chávez nega que sua administração restrinja a liberdade de imprensa.
Representantes do Conselho Nacional de Proteção à Criança e ao Adolescente pediram aos promotores para multarem o colunista e a editora a fim de proteger as crianças de difamações políticas. O Conselho não pediu para processá-los criminalmente.

Cavalo

A polêmica começou durante um programa de rádio, no qual o presidente contou aos ouvintes que Rosines havia dito que o cavalo do brasão da bandeira da Venezuela parecia estranho correndo para a direita com o pescoço virado na direção oposta. Semanas após tal comentário, políticos pró-Chávez pressionaram o governo por reformas para mudar o desenho do cavalo do brasão, para que ele ficasse totalmente virado para a esquerda. "Ele considerou mudar o brasão por uma sugestão de sua filha", disse Márquez. "Eu escrevi [no editorial] simplesmente uma carta pedindo a ela outras sugestões".
Chávez criticou o editorial, mas também reconheceu parte da culpa por trazer o nome da filha de apenas nove anos ao debate público. "Eu também sou culpado porque falei dela, mas fiz isto dentro de outro contexto", disse o presidente.

Informações de Christopher Toothaker [Associated Press, 14/2/07]

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Bloco na rua

Hoje tem encontro do "Bloco da Imprensa". Jornalistas de TV e impresso estaremos reunidos, logo mais, na Boate Porão.

sábado, fevereiro 10, 2007

O ensino do jornalismo na contramão da evolução da comunicação online

Esta semana eu fiz uma exposição sobre a Web para professores de uma faculdade de jornalismo e no final um dos participantes saiu-se com uma observação surpreendente: "Poxa, nós estamos indo na contramão deste processo".
O desabafo é um reflexo da confusão que toma conta de muitos professores de jornalismo a partir do momento em que entram em contato mais direto e amplo com as mudanças de valores, rotinas e percepções que a internet está provocando no dia a dia da imprensa.
A ficha caiu apenas para um reduzido número de professores que já se deram conta que o jornalismo é, entre todas as áreas da comunicação, a que foi mais afetada pela avalancha de inovações tecnológicas e de informação, nos últimos 15 anos.
A grande maioria de nossas faculdades ainda encara a Web como uma espécie de moda passageira, quase um brinquedo sofisticado, e não como uma ferramenta de ampliação dos fluxos de informação. Ainda estão deslumbradas pelas novidades tecnológicas sem levar em conta que elas estão mudando radicalmente o ambiente de trabalho, as rotinas e normas da atividade jornalística.
É fácil perceber um nítido desconforto de muitos professores quando constatam que é cada vez maior o número de alunos que tem mais intimidade com a internet do que os responsáveis pela disciplina. Isto aumenta a distância entre alunos e professores, diminuindo enormemente a eficiência do ensino.
Há faculdades que ainda ensinam diagramação de jornais usando papel reticulado quando quase todos os jornais já usam programas como o PageMaker. Nota-se claramente que permanece forte entre os professores o apego à rotinas e processos tradicionais no jornalismo impresso.
Há muitas dúvidas sobre o ensino do jornalismo online. Será que as faculdades devem ensinar os alunos a usar softwares de edição, publicação e interatividade? Ou será que devem concentrar-se em questões teóricas sobre a comunicação na Web? O jornalismo online é uma disciplina isolada ou deve ser incorporado às demais? Qual o melhor estilo de aula para jornalismo online: aulas expositivas ou em laboratório? Qual o grau de liberdade que deve ser dado aos alunos no uso da Web em sala de aula?
Tudo indica que está se aproximando rapidamente o momento em que as escolas de jornalismo terão que rever seus métodos, disciplinas e ementas (conteúdo das aulas) para não correr o risco de formar profissionais para o desemprego.
Mas não é só isto que está em jogo. A universidade tem uma função experimental insubstituível na questão da comunicação online porque, nas atuais circunstâncias do país, é a única instituição capaz de pesquisar a interface humana e social das inovações tecnológicas, especialmente na área da informação.
Algumas poucas faculdades já se deram conta da mudança e estão adaptando a sua grade curricular aos novos tempos. Mas na maioria dos casos a atualização está emperrada porque o ritmo das mudanças é muito mais rápido que os processos burocráticos da academia.

Carnaval? Para que?

Muitos dirão que o show deve continuar. Mas que clima existe para o carnaval numa cidade que vê suas crianças serem executadas, enquanto seus governantes vão ficar em seus camarotes de luxo, e lixo? Numa festa milionária, em meio a tanta pobreza e violência, qual o clima para se brincar e divertir. Deixo aqui minha dor e minha indignação para fazer companhia aos pais do pequeno João. Com ele morreu um pouco de cada um de nós. Com ele também vai se enterrando minhas esperanças.
Vá com Deus, João.

sábado, fevereiro 03, 2007

Começou mal

O novo presidente da Câmara dos Deputados começou o seu mandato fazendo críticas veladas à imprensa. Portanto, começou mal.
Arlindo Chinaglia disse na quinta-feira (1/2), no plenário, que não aceitará os ataques à instituição e ainda criticou o noticiário dos últimos dias que o colocava como fator de divisão nas forças governistas.
Essas opiniões não constituem surpresa: a relação do deputado Chinaglia com os repórteres que cobrem a Câmara não é das melhores, ele até já bateu boca com alguns. Mais preocupante, porém, é a sua posição no tocante aos escândalos da última legislatura: "A página da crise está virada", disse ele e acrescentou: "Quem não tem a ver com a crise não pode ser caracterizado por ela".
Até que se criem novos padrões de comportamento parlamentar, a página da crise não está virada. Ao contrário, está aberta. E muito quente.