quarta-feira, agosto 31, 2005

Saudade

O corpo retém lembranças de toques, cheiros, sabores, movimentos e silêncios. Contra a vontade, a memória da pele não se apaga jamais.

terça-feira, agosto 30, 2005

Quer ser meu amigo?

Tenho poucas pessoas a quem chamar de amigo. Mesmo que as diferenças sejam absurdas, os vejo sempre assim, como amigos.

É a vida

"O que se adia não será cumprido depois."

Fabrício Carpinejar

segunda-feira, agosto 29, 2005

De A a Z

Dois tipos de casais me chamam a atenção. A mãe (ou o pai) levando o filho pequeno pela mão e um casal de idosos de mãos dadas. O primeiro e o último amor de uma vida. De A a Z. Entre eles, um alfabeto inteiro para explorar. E amar.

sexta-feira, agosto 26, 2005

Obrigado

Meio-dia já se passou. Hoje eu ainda não ganhei nada de que realmente precisasse. Eu sempre preciso: e espero que consiga dormir com os bolsos transbordando de carinho, amor e amizade. A todos que puderem me ajudar, obrigado!

Batuta

Há alguns anos minha vida se mudou de muito. Se mudou de lugar. Se mudou de jeito. Se mudou de destino. Destino que nada, que a vida é um ir vivendo. Sinto saudade dos livros que não carreguei, mas - de rompante - o amor é a única batuta que me rege.

Idênticos

Coração e vidro são idênticos. Quando quebram, não existe cola que remende.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Difícil de entender

É muito difícil entender porque, na maioria das vezes, dizer a verdade dói tanto. Você pode mentir, enganar as pessoas, e tudo fica calmo. Mas se você fala a verdade, as pessoas não acreditam e, como alquimistas, transformam sua verdade na mentira que elas não queriam ouvir. Difícil entender. Muito difícil.

Jornalista ou Roteirista?

Às vezes me questiono sobre como tem sido a atuação da imprensa em todo este escândalo político. Para minha tristeza tem sido, digamos, equivocada. Irresponsável também caberia em alguns casos. Se formos analisar, por exemplo, a desastrada atuação do Ministério Público Paulista na divulgação dos depoimentos de Buratti em suas versões ainda "soltas", a mídia embarcou - e comprou - as mesmas falácias. Pode até ser que Palocci ande pendurado no mesmo puleiro do PT - apesar de sua contundente intervenção, numa entrevista coletiva que deveria ter sido feita há tempos por Lula e Dirceu - mas o massacre que sofreu da mídia baseado apenas na palavra de Buratti foi injusto. Parece que o Caso da Escola Base ficou mesmo no esquecimento.
O que falta à imprensa é um cuidado maior na apuração. Falta aquela última checagem. Aquela que pode salvar a carreira do repórter. A imprensa, estranhamente, anda muito sedenta por alguma novidade. Não basta somente suitar, tem que ter novidade. Nem todo o dia acontecem novidades, afinal. As redações, que geralmente têm cada uma o seu deputado ou senador de plantão como fonte, não checam os fatos por um todo. Não ouvem mais todas as versões. Estão preocupados mais em fazer novela, com um capítulo inédito e surpreendente a cada dia, quando seria mais simples fazer jornalismo. Afinal, somos jornalistas ou roteiristas?

quarta-feira, agosto 24, 2005

Estou velho!

Cheguei a uma inevitável conclusão: estou velho! E foi fácil descobrir. Bastou tentar travar um diálogo, pequeno, daqueles que se seguem ao boa noite. Ontem, quando chegava em casa e entrava no prédio, o filho de um vizinho, o Juninho, de 17 anos, conversava com um amigo (deve ser da mesma idade).
Abri o portão e disse: - Boa noite!
- Belê?, respondeu o Juninho.
- E a vida, tranqüila?, insisti.
- A vida?, perguntou o Juninho para logo emendar:
- Tipo assim. Sei lá. Você me entende?
- Só!!!, concordou o amigo do Juninho.
Sem falar, entrei e fui dormir, sem entender nada. Apenas reconhecer a velhice.

sábado, agosto 20, 2005

Não percam tempo! Já sou idiota!

Costumo dizer às pessoas: “se você sabe como se faz, então vá lá e faça!”. Verdadeiramente não sei como se faz uma CPI, um processo político e não judicial, pois nos bancos acadêmicos aprendi que Política é uma ciência, alheia a tudo que é praticado no cenário nacional, por pessoas que lhe roubaram até mesmo o nome: “Política”. Essas mesmas pessoas que se intitulam “políticos”, cometendo, antes de qualquer coisa, a falsidade ideológica, praticam tudo, exceto Política – “arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos”.
Tenho uma tendência severa em querer acreditar que fui enganado na faculdade. Ensinaram-me tudo errado! Fiz bacharelado em Utopia! Dediquei anos preciosos da minha juventude, estudando fantasias e aprendendo a idolatrar “loucos-varridos”.
Não sinto arrependimento. Antes um idiota honesto, do que um desonesto chamado Delúbio se esforçando em ser um idiota! Que, mesmo visivelmente drogado, conseguiu fazer os integrantes da “Comédia” passarem por idiotas, agredindo-se mutuamente, enquanto esboçava uma ironia boçal.
Arrependimento não. Risadas e perplexidade sim! “Políticos” experientes e renomados caindo na esparrela do colega-réu, responsável (ou irresponsável?) pelo dinheiro de um partido falido, o PT.
Como se faz? Não sei! Não tenho a mínima idéia! Entendo que cabe aos “experts” do Poder saberem como proceder. Mas por favor, sem usurpar o meu direito de continuar sendo um idiota. Apenas por escolha, mas nunca por imposições!

quinta-feira, agosto 18, 2005

Fita os Meus Olhos

Fita os meus olhos
Vê como eles falam
Vê como reparam o seu proceder
Não é preciso dizer, deve compreender
Até mesmo notar, só no meu olhar
Não abuses por eu te conversar
Que nascestes só para eu te amar
Gosto tanto, tanto de você
Que os meus olhos falam o que não vê
Ainda há de chegar o dia
Que eu hei de ter, tanta alegria
Quando você souber compreender
Num olhar o que eu quero dizer

Cartola/Oswaldo Vasques

quarta-feira, agosto 17, 2005

Não seja o mesmo

Você sabe tão bem quanto eu, que uma das principais causas do tédio é a estreiteza do nosso destino. Todas as manhãs, despertamos iguais ao que éramos na véspera. Ser eternamente o mesmo é insuportável para os espíritos refinados pela reflexão. Sair do próprio eu é um dos sonhos mais inteligentes que alguém pode ter. Sonhe. Mude. Faça hoje diferente do que fez ontem. Não seja o mesmo. Transforme seu destino. Seja feliz.

terça-feira, agosto 16, 2005

Elvis

Há 28 anos, em 16 de agosto de 1977, morria Elvis Presley. Eu era apenas uma criança de cincos anos e, claro, não me lembro de nada sobre a morte dele. Por sorte, entretanto, minha mãe é um dos milhões de fãs daquele que considero o maior cantor de todos os tempos. A conseqüência disso foi lógica: cresci ouvindo Elvis Presley.
Esse hábito me fez muito bem. Foi a partir de Elvis que construí meu gosto por Rock, Blues e Black Gospel. Aliás, o Gospel era o estilo musical predileto de Elvis. Ele tinha sim uma grande fé em Cristo. Algumas pessoas acham controverso o fato de ele ser um cristão e ter morrido drogado. Na verdade, Elvis não morreu drogado, como muitos pensam. Ele jamais consumiu drogas, nem as comuns da época, como álcool, ácido, ou maconha. A obesidade, entretanto, lhe trouxe uma série de doenças, já no final da vida. Não conseguia dormir e, por isso, se entupia de remédios. Ficou viciado neles. Mas nunca abandonou sua fé. A morte da mãe foi sua grande dor. Casou-se. Teve uma filha. Separou-se. Era adorado pelos amigos e, principalmente, pelos fãs. Mas isso não lhe fazia bem.
Certa vez, num show em Atlanta, um grupo com seis garotas estendeu uma enorme faixa que dizia: “Elvis é o Rei!”. No meio do espetáculo, Elvis, enfurecido, mandou parar a música, apontou para as garotas e disse: - Vocês estão enganadas: Jesus é o Rei!. As garotas enrolaram a faixa e assistiram ao restante do show, caladas, envergonhadas.
Quando soube dessas estórias sobre Elvis já não era mais aquela criança que ouvia os discos de minha mãe. Além de ser, em minha opinião, o maior cantor de todos os tempos, passei a ver Elvis como um dos maiores corações de todos os tempos. Foi bom ser influenciado pela música de Elvis. Foi bom saber quem era Elvis fora dos palcos. Um homem que, até hoje, vendeu mais de um bilhão de discos (!), sem jamais ter feito um show sequer fora dos Estados Unidos. Um homem que se tornou uma das maiores fortunas do mundo, mas jamais abandonou suas raízes, sua cidade, seus amigos. Sem dúvida, esse é um bom exemplo de alguém para se ter como ídolo.Os velhos discos de vinil da minha mãe evoluíram para os cds e dvds que tenho hoje. Certamente, minha filha também crescerá e, inevitavelmente, também ouvirá Elvis Presley. Tomara que, assim como o pai, ela também se torne uma fã da boa música e do bom coração de Elvis. Tomara.

Sombra

No último final de semana estive conversando com um velho amigo, Edson Teixeira, o Edinho. Grande figura! Professor e doutor em História, as conversas com Edinho tomam um inevitável rumo erudito. Quando conversarmos tenho a noção da pequenez dos meus conhecimentos. Mas não me escondo. Ao contrário, me arrisco. E graças a essa coragem, aprendo mais. Ganho mais.
Falávamos do inevitável: crise política. Passamos a discutir a falta de habilidade dos políticos ao questionarem as testemunhas das CPIs.
- É incrível! É latente a preocupação apenas de aparecer que cada um dos políticos tem - disse o professor.
Entender o raciocínio do meu amigo estava fácil. Não é preciso ser nenhum letrado para saber que a grande preocupação dos membros das CPIs é mesmo apenas com eles próprios. Pensam somente nas próximas Eleições. Mas Edinho resolveu, como sempre, elevar o nível da conversa: - São todos sombras! - esbravejou, entre um gole de cerveja e um trago no cigarro.
-Sombras? - questionei, nitidamente confuso.
- Sobras, sim! – repetiu, para esmiuçar sua tese: - Não perguntar o que um homem possui, mas o que lhe falta. Isto é sombra. Não indagar de seus sentimentos, mas saber o que ele não teve ocasião de sentir. Sombra. Não se importar com o que ele viveu, mas prestar atenção à vida que não chegou até ele, que se interrompeu a circunstâncias invisíveis, imprevisíveis. Isto tudo é sombra.
Foi só então que entendi o que meu amigo, sempre pensando à frente, queria dizer com aquele papo de sombra.
- É verdade, amigo - disse eu. Para emendar, lembrando Hélio Pelegrino: - A vida é um ofício de luz e trevas.
Realmente, amigo. São todos sombras. Por isso quero sempre estar à margem da escuridão. Quero ser luz, sempre. Nunca sombra. E viva a claridade!

sábado, agosto 13, 2005

Quer ser feliz?

"A essência da felicidade é não ter medo."

Nietzche

sexta-feira, agosto 12, 2005

Máscara

Às vezes me sinto como um ator cômico, obrigado a atuar com uma máscara trágica. Às vezes sou obrigado a chorar, para não incomodar os outros como minha alegria. Minha fonte está aberta a todos, mas poucos querem beber da mesma água. Por causa deles, às vezes também tenho que ter sede. Preciso rasgar essa máscara.

quinta-feira, agosto 11, 2005

A Mulher

"O mistério da mulher está em cada afirmação ou abstinência, na malícia das plausíveis revelações, no suborno das silenciosas palavras."
Henriqueta Lisboa

quarta-feira, agosto 10, 2005

Tá certo ou não tá?

“Tá certo ou não tá?”. Talvez pouca gente se lembre desta frase, mas, apesar de não ser tão velho, ainda não me esqueci. Esse era um dos bordões do velho “Carequinha”, um dos maiores – se não o maior – palhaços de todo o Brasil. Carequinha era de um tempo em que os programas infantis eram só isso: programas infantis. Eles eram feitos para crianças, ingênuas e puras.
Mas, talvez porque os verdadeiros programas infantis tenham desaparecido, as crianças não são tão mais ingênuas assim. Não por culpa delas, é claro. Mas também pela falta dos palhaços nos programas de televisão. Estou falando dos verdadeiros, como o velho Carequinha. É uma pena que minha filha não poderá mais ouvir o velho chamado de Carequinha: “Alô garotada, o circo chegou!”.
Daqui para frente, quando Maria Eduarda assistir TV, o único “carequinha” do qual ela vai ouvir falar será o Marcus Valério, outro palhaço, mas sem a mínima graça. Tá certo ou não tá?

terça-feira, agosto 09, 2005

Exércitos Ocidentais na Rússia

"Em junho de 1812, os exércitos ocidentais transpuseram as fronteiras da Rússia e começou a guerra. Quer dizer, um acontecimento contrário à razão e à natureza. Milhões de homens foram cometer crimes - pilhagens, incêndios e assassínios - mais crimes do que contêm todos os tribunais do mundo. Durante esse período, os poderosos, verdadeiros responsáveis por esses crimes, não viram crime algum. Sua experiência já lhes ensinara que a guerra é o que vale. O que acontece na guerra não lhes tem a menor importância."

Leon Tolstoi

segunda-feira, agosto 08, 2005

Livre

Sempre que deixamos o caminho da verdade acabamos violando nosso direito de ter sorte. Temos que reagir a cada batida do coração. Só quando assumimos ter um dono é que ficamos dispensados de lutar. Ser escravo é muito fácil: qualquer idiota consegue. O difícil é ser livre. Livre de verdade!

Edson Marques

sexta-feira, agosto 05, 2005

Domador de Homens (pequeno conto)

Era um sujeito de aparência frágil. Falava pouco. E não era convincente. Tímido por natureza. Pelo menos era essa a impressão que passava. Tinha o olhar triste e desinteressado. Falava baixo, quase sussurrando. Mas não dizia coisa com coisa. Mas conseguiu, com muita garra, arranjar um emprego. Tinha qualquer coisa de bom comunicador. Sabia fazer uso da manipulação. Sabia prometer. Tudo que dizia, de algum modo, mesmo que pouco, era bom de se ouvir. Mesmo que não fosse possível acreditar. Era uma pessoa honesta. Até que se provasse em contrário. Mas quem haveria de cometer tal desatino?
Trabalhava no circo. Com animais selvagens e domesticados. Já tinha sido mágico. Bailarino. Trapezista. Foi muitas vezes palhaço. E ria de todo mundo. Ultimamente era domador de animais selvagens. Tigres, ursos e leões. De todos os cantos da terra. Mas não pagava impostos. Não tinha carteira de trabalho. Muito menos assinada. Mas não era um sonegador profissional. Era só profissional. Seu negócio era criar uma espécie de confiança. Uma dependência na base do estímulo-desestímulo. Se você fizesse o que ele queria, ele estava do seu lado e lhe dava prêmios. Caso contrário, chicotadas. E tirava os prêmios que lhe tinham dado. Não ligava para o direito adquirido.
Ganhava alguns salários mínimos. Isso, pelo menos, era o que se supunha. Ganhava por fora alguns trocados. Isso era o que se falava. Ninguém sabia ao certo. Andava maltrapilho. Do jeito do povo. Nem sempre bem acompanhado. Gostava de más companhias. Não tinha colarinho branco. Não era mendigo. Mas de quatro em quatro anos pedia votos. Votos de confiança.
E os animais lhe prestavam cega obediência. Apesar das aparências. Apesar do seu salário. Diziam, e até hoje é assim, que em terra de cego quem tem um olho é rei. E ele tinha os dois olhos. Tristes e bem abertos. Os bichos é que pareciam cegos. E o circo era muito alegre, pois tinha muitos palhaços. Que mesmo tendo grandes sofrimentos, tinham que trabalhar. Tinham que sorrir. Provavelmente, para não chorar.

quinta-feira, agosto 04, 2005

Moderna Idade

O pai chega em casa às 22h36. A mãe às 20h01, depois de passar no hipermercado da esquina. O filho, ainda menino, não os vê acordados desde terça-feira, e já é sexta. O pai entra no banho. A mãe descongela o jantar. O filho ainda não ouviu suas vozes de afago. Ele só queria brincar. Pai, mãe e filho sentam-se. Jantam. A mãe quer conversar sobre seu trabalho. O pai quer assistir ao telejornal. O filho não entende desses assuntos. Todos se calam. O jornal termina e o pai deseja discutir a relação. A mãe quer dormir. O filho? Morreu de overdose num prostíbulo, dez anos depois, adotado por alguém que se ofereceu como família.

quarta-feira, agosto 03, 2005

Escolha correta

"A sabedoria é o caminho da felicidade". Já ouviu esta frase antes? Talvez ela só faça sentindo se forem feitas as escolhas corretas. A vida deseja que você seja feliz, por isso coloca todas as oportunidades à sua frente, para que siga esse caminho. Preste atenção às chances que você está tendo e entregue-se a elas com alma. Isso é o que lhe está sendo oferecido agora, e a vida faz sempre o melhor. Quando chegar o momento da mudança, a vida se encarregará disso. paso a passo, gota a gota.

terça-feira, agosto 02, 2005

Desculpas

Representantes da Polícia Britânica visitaram a família do brasileiro assassinato a tiros em Londres. Imagino o diálogo:
- Desculpe pelos seis tiros que demos na cabeça do seu filho.
- Ele era um bom menino.
- Era sim. Por isso o último tiro acertou no ombro.

segunda-feira, agosto 01, 2005

Palavras

Incompreensão. Medo-da-perda. Falsas-esperanças. Inútil. Dor. Saudade. Sentir. Falar. Errar. Esperar. Incerteza. Questões. Pé-atrás. Decisões-ordinárias. Sono. Preguiça. Medo-de-novo. Confusão. Incapacidade. Raiva. Intolerância. Irreal. Risos. Diferenças. Egos. Defeitos. Desentendimento. Decepção. Estupidez. Insensibilidade. Egoísmo. Medo-mais-uma-vez. Nove-vidas. Dias-de-montanha-russa. Calma. Otimismo. Reação. Rock. Cansaço. Enjôo. Fim. O-quê-fazer? Frases-repetitivas. Ódio. Melancolia. Preparado. Nunca. Lágrimas. Carência. Sofrimento. Repetindo-o-medo. Beijos. Negação. Lembranças. Amizade. Voz. Pensamentos. Contrariedade. Tristeza. Agindo-como-um-idiota. Amor. Revolta. Impaciência. Mentira. Começo. Meio. Fim.