quarta-feira, maio 31, 2006

Educação?!

A matéria abaixo foi publicada na edição desta semana do jornal AQui, de Volta Redonda. Trata-se, na minha opinião, de um dos maiores absurdos envolvendo a educação. A maioria de nós, acredito, já tenha visto o "polêmico" filme de Jean-Jacques Annaud, que, é verdade, possui sim algumas cenas mais fortes de sexo, mas que, no contexto do filme, se passam entre animais, ou, na melhor das hipóteses, entre pré-humanos. Eu conheço o professor Edson (Edinho) há cerca de dez anos, e sei de seu comprometimento com os alunos e a Educação, de forma geral. Mas não é porque sou amigo dele que saio em sua defesa, mas, antes disso, por acreditar, como ele, que a Educação é a única solução para nosso País. E é incrível como atos impensados e, por vezes, demagógicos, colaboram para a alienação de nossos alunos e a manunteção de tudo o que se vê por aí. Será que os pais com suas indignações proíbem seus filhos de assistirem às novelas da Globo, tão ou mais destrutivas que "A Guerra do Fogo"? E será queas diretoras e professoras indgnadas com a conduta do professor Edson ainda falam com seus alunos de quinta série sobre sexo, usando como artifícios "abelinhas", "cegonhas" e "sementinhas". Que Deus ajude estas crianças e impeça que alguma delas, de 11 ou 12 anos, fique grávida ou adquira uma doença venérea.

"Polêmica em sala
Professor de Pinheiral pode perder emprego por exibir o filme 'A Guerra do Fogo'

Desde quando foi lançado há 25 anos, o filme "A Guerra do Fogo", do diretor Jean-Jacques Annaud, vem sendo usado como recurso pedagógico em sala de aula para ilustrar os tempos pré-históricos. Seja em escola pública ou particular. Só que em Pinheiral, mais precisamente no Centro Municipal de Ensino Roberto Silveira, a sua exibição pode custar o emprego público do professor de História, Edson Teixeira da Silva Júnior. Após passar o filme aos seus alunos de quinta série, ele foi afastado das aulas e está respondendo a uma sindicância e a um processo disciplinar, sob a alegação de que alguns pais teriam reclamado de cenas obscenas e das discussões, entre elas gravidez na adolescência e violência, levantadas pelo professor após a exibição de "A Guerra do Fogo". "Discuti com alunos questões como a origem da humanidade, o avanço tecnológico e as relações do comportamento humano. O filme, inclusive, é recomendando pelos livros do Ministério da Educação e ilustra como poucos as dificuldade e necessidades do ser humano na pré-história", explica o professor, argumentando que, seguindo o Parâmetro Curricular Nacional (PCN), ele trabalha com a contextualização do conhecimento. "A partir disso, falamos das conquistas da mulher, do alto índice de gravidez na adolescência em Pinheiral, da violência, do desemprego...", enumera Edinho, que é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense e professor dos colégios estaduais Guanabara e São Paulo e do Acae. No entanto, para o professor Edson, que é diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE), o filme serviu apenas como um pretexto para puni-lo. "As reclamações são legítimas, mas a situação poderia ser encaminhada de outro modo. Em nenhum momento fui ouvido, só agora na sindicância. Como sou diretor sindical, incentivo a criação de grêmio estudantil, a eleição para diretores, uma associação de pais e alunos, isso ganhou ares de vingança política. A meu ver, faltou competência pedagógica. As diretoras não agiram de acordo com o cargo que exercem, mas com vingança pessoal e política. É uma atitude autoritária", acusa o professor Edinho, que reclama por não ter sido ouvido nenhuma vez, apenas durante o depoimento à comissão de sindicância. "Em pleno século XXI, estou sendo tratado como um preso incomunicável. Houve a reclamação e em nenhum momento houve espaço para defesa. Eu só recebi comunicados. Fui afastado e informado por um porteiro que não poderia entrar na escola", conta o professor, afirmando que sempre teve uma boa relação com alunos, professores e funcionários. "Fui eleito professor conselheiro em três turmas, das cinco que eu dou aula. Tenho recebido apoio dos alunos. Vários deles tem me mandado cartas de apoio e soube que colegas estão fazendo um abaixo-assinado em meu favor", diz o professor, afirmando que mesmo após a sindicância quer continuar na escola. "Por mim, não há motivo pra ser transferido. Além disso, fui eleito por alunos e seria um contra-senso eu sair", argumenta. A polêmica em torno do caso está tomando proporções tão grandes que, na semana passada, o também professor de História, Marcos Aurélio Ramalho Gandra, ao defender Edson teria discutido com as diretoras da escola e o episódio terminou na 101ª Delegacia de Polícia. Marcos Aurélio, que também é diretor do Sepe, afirma que flagrou uma reunião da direção com professores do CA à 4ª série, na qual, segundo ele, se pedia que não aderissem ao abaixo-assinado em favor do professor Edinho. "Havia uma coação para que não assinassem o documento e na reunião estavam "queimando" o professor. Claro que eu protestei, isso gerou uma discussão de pontos de vista, mas em nenhum momento ofendi ninguém. Depois, já na sala de aula, fui chamado na frente dos meus alunos para ir a diretoria e lá havia dois Policiais Militares me esperando para levar para a Delegacia", relata o professor, que foi acusado pela diretora da escola, identificada como Sediene, por injúria. Já ontem, na sexta 26, o Sepe preparou um ato público de apoio ao professor. Pela manhã, foi feita panfletagem na escola e, à noite, estava prevista a exibição do filme "A Guerra do Fogo" na praça central de Pinheiral, com direito a uma aula pública do professor Edinho. "Vou dar uma aula exatamente como a que dei para os alunos, para as pessoas saberem do que se trata", comentou o professor, que já prestou um depoimento de cinco horas à comissão de sindicância e rebateu acusações de que estaria usando em aula "termos impróprios à idade dos alunos". "Agora, haverá um novo depoimento com testemunhas de defesa e de acusação", informou o professor, que ainda não sabe quando será ouvido novamente.
A prefeitura
O aQui tentou entrevistar alguém da secretaria de Educação de Pinheiral sobre o episódio do professor Edinho, mas a assessoria de imprensa da prefeitura preferiu enviar uma nota para comentar o assunto. E solicitou que ela fosse publicada na íntegra. Isso não é obrigação do aQui, mas desta vez o jornal achou por bem reproduzir cada palavra da nota enviada, inclusive com os erros de português.
"Esclarecemos que sobre o professor que está respondendo a sindicância, é necessário saber que:
1- Os pais de alunos de uma turma de 5ª série, com idade entre 9 e 12 anos, de uma escola municipal, registraram reclamações junto à direção com relação ao tratamento dispensado pelo professor aos alunos, como palavras de baixo escalão (sic), gestos obscenos e ameaças de atirar objetos sobre as crianças.
2- A direção da escola encaminhou o caso para a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer que abriu uma sindicância para apurar os fatos e posteriormente foi aberto um inquérito disciplinar conforme prevê a Lei Municipal, 187 de 2002.
3- Esclarecemos ainda que o inquérito é composto de várias etapas: instalação, instrução (período em que se houve (sic) o acusado), defesa (onde o acusado apresenta defesa escrita) e conclusão. Hoje, o inquérito disciplinar está na fase de "instrução".
4- O filme foi só um dos itens citados pelos pais, porém não é a principal reclamação. Os pais reclamam das atitudes de conduta indevida do professor.
5- Esclarecemos ainda que a apuração dos fatos visa garantir o respeito à criança e ao adolescente, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente que determina em seu artigo 18, que nenhuma criança deve ser alvo de tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Esclarecemos ainda que:
1- Houve um incidente, em uma escola municipal, no qual a diretora estava realizando uma reunião e o professor em questão entrou no local e fez acusações levianas contra ela com um comportamento agressivo.
2- A mesma usando o direito que lhe assiste se sentiu lesada e ofendida, entrou com uma representação contra ele na Delegacia Legal do município por entender que uma diretora deve responder a uma agressão através da justiça.
3- Esclarecemos também que o professor foi convidado a comparecer na Delegacia Legal, bem como as diretoras da escola. Em nenhum momento foi utilizada prática agressiva na condução dos mesmos. A presença da Polícia teve como objetivo preservar a integridade física dos envolvidos, a garantir a ordem no ambiente escolar"."

segunda-feira, maio 29, 2006

Capítulo 4

4 - O bom jornalista sabe que todas as pessoas sob acusação criminal não provada devem ser sempre tratadas como "acusadas" ou "suspeitas"; do mesmo modo que as que já cumpriram pena se consideram reintegradas socialmente. No caso de políticos, comentários do tipo "ladrão"; "safado"; "pilantra", todos devem ficar restritos aos cafés da Redação, mesmo diante da irresistível vontade de adjetivar os textos. Afinal não somos juízes, apenas testemunhas. Apenas jornalistas.

quinta-feira, maio 25, 2006

Em homenagem ao Congresso

Onde Está a Honestidade?

Você tem palacete reluzente

Tem jóias e criados à vontade
Sem ter nenhuma herança ou parente
Só anda de automóvel na cidade...

E o povo já pergunta com maldade:
Onde está a honestidade?
Onde está a honestidade?

O seu dinheiro nasce de repente
E embora não se saiba se é verdade
Você acha nas ruas diariamente
Anéis, dinheiro e felicidade...

...Vassoura dos salões da sociedade
Que varre o que encontrar em sua frente
Promove festivais de caridade
Em nome de qualquer defunto ausente...

Noel Rosa (O sábio!)

Diálogo do mês

Deputado:
- O senhor aprendeu bem rápido com a malandragem!

Advogado do PCC:
- Aqui (Congresso) a gente aprende rápido.


Moral: Cadeia, no Brasil, vale até para quem fala a verdade.

quarta-feira, maio 24, 2006

Capítulo 3

3. O bom jornalista deve saber que o princípio do contraditório é uma regra de ouro da informação. Por isso, todas as partes têm que ser ouvidas e confrontadas. No caso de políticos, não é preciso tanto zelo. Afinal, tome-se como princípio que a maioria deles estará mentindo para você.

terça-feira, maio 23, 2006

Homenagem

Um abraço ao jornalista Fernando de Barros, que prestou uma homenagem em sua coluna, "Zapeando", de A Voz da Cidade, pelo aniversário do Apenas Um Jornalista. Obrigado, Fernando, não é todo o dia que viramos notícia!
http://jornal.avozdacidade.com/20060523/coluna_zapeando.asp

Alforria

Depois de muito tempo - nem me lembro o quanto -, ontem consegui chegar cedo em casa. Liguei a TV e, na Globo, passava a novela "Sinhá Moça". Neste final de semana estive no Rio, na casa do bom amigo e também jornalista, Roberto Duarte. Deixamos o papo e dia, nos divertimos e comemos muito bem! Aliás, deixo aqui um destaque para a mulher do Roberto, Denise. Como cozinha bem, além de ser inteligente e agradável!
Mas, afinal, o que tem a ver minha estadia na casa do Roberto e a novela Sinhá Moça? É que nós dois fizemos mais uma tentativa de conseguir nossas cartas de alforria. Ao que parece, ainda teremos que fazer outras empreitadas. Mas tenho certeza, amigo Roberto, que nosso 13 de Maio chegará!

segunda-feira, maio 22, 2006

Um ano

No último sábado, 20 de maio, o Apenas um Jornalista completou um ano. "Os erros estão todos aí... à espera de serem feitos". Este foi o primeiro post deste espaço, uma espécie de desafio aos poucos leitores - até agora pouco mais de 3.900 visitas - e a mim próprio. E neste desafio, muitos registraram seus comentários, ou, na grande maioria dos casos, mandaram e-mails concordando, descordando, brigando ou elogiando os textos aqui publicados.
Aqui deixei mensagens explícitas de algumas de minhas maiores indignações. Mas aqui também cometi algumas críticas que, mais tarde, considerei-as injustas. Aqui dividi momentos de alegria em minha vida, como o maior de todos: o nascimento de minha filha. Aqui brinquei, sorri, chorei. Fiquei vários dias sem escrever. Uma vez por estar com o braço quebrado. Outra por ver partida minha alma. Ao criticar políticos, escrevia com ódio. Ao elogiar amigos, com paixão. Aqui aprendi que em muitos casos não há diferenças entre esses sentimentos. Fiz críticas e autocríticas. Aprendi. Errei. Falei. Calei. Mas em todos esses momentos uma coisa jamais mudou: continuei sendo a mesma pessoa, apenas um jornalista.
Obrigados a todos que algum dia por aqui passaram.

sexta-feira, maio 19, 2006

Ainda sobre VEJA

O prestígio de uma publicação constrói-se ao longo de anos mas, às vezes, este prestígio pode ser destruído em poucas edições. Veja corre o risco de desperdiçar uma história de sucesso para transformá-la numa história de descrédito irremediável. A última edição do semanário é um indício gritante.
Veja pretendia provar que o presidente Lula e alguns de seus colaboradores possuíam contas em paraísos fiscais mas acabou envolvida numa das maiores fraudes jornalísticas dos últimos tempos.
Quando não se tem certeza de uma informação, não se publica esta informação até que seja confirmada cabalmente. E se não for confirmada, fica na gaveta ou vai para a cesta do lixo.
Veicular uma suposição mesmo assumindo que é uma suposição atenta contra os mais comezinhos princípios jornalísticos e as noções mais elementares de decência. A liberdade de expressão não pode ser pretexto para irresponsabilidades que colocam em risco não apenas uma revista mas a imprensa brasileira como instituição.
O mais grave é que o resto da imprensa noticiou a impostura. Mas nenhum jornal a comentou. Essa solidariedade com o erro não difere muito da solidariedade dos deputados que perdoam os colegas do mensalão. Se a imprensa fecha os olhos aos erros da imprensa, algum dia o leitor vai descobrir.

quarta-feira, maio 17, 2006

VEJA, que desastre!

A edição nº 1956 de Veja (17/5/2006) transformou-se instantaneamente num clássico da impostura jornalística. A justificativa posterior, assinada pelo diretor de Redação Eurípedes Alcântara, não ficou atrás: é um clássico de cinismo. Juntas, convertem-se na bíblia do parajornalismo – combinação de chantagem, espionagem e paranóia.
A matéria "A guerra dos porões" (págs. 40-45) segue uma linha que Veja persegue há tempos – derrubar o presidente da República, a maior autoridade do país. Mas foi pensada, escrita e editada no extremo oposto – nos porões de uma profissão que já foi considerada missionária, romântica, decente e respeitável.
Esta que se apresenta como a quarta maior revista do mundo ocidental (quem garante?) e agora traveste-se como "a mais respeitada revista brasileira" (está provado, não é?) sintetizou de forma admirável e trágica a história da sua própria decadência.
Embora o presidente Lula tenha protestado em termos impróprios contra o repórter Márcio Aith (sem mencionar o nome), fica evidente que se referia ao parajornalista e pau-mandado Diogo Mainardi, que pegou carona na entrevista concedida pelo banqueiro Daniel Dantas.
Nas redações de revistas noticiosas as matérias passam por muitas mãos, a responsabilidade é da direção da Redação – e, neste caso específico, da alta direção da empresa. Uma acusação ao presidente da República, soprada por uma figura como Daniel Dantas, só pode ser publicada quando há indícios consistentes. Aqui, consistente foi o delírio.

domingo, maio 14, 2006

Minha Fama

Quando eu morrer
Deixarei minha fama
Deixarei no mundo quem me ama
As lágrimas que rolam em meu rosto
Não sabem dizer qual é o meu desgosto
Meu coração é uma casa de sofrimentos
Nele eu guardo todos os meus sentimentos
Às vezes choro para me desabafar
Mas não digo a ninguém a causa do meu penar
Quando eu morrer, deixarei minha fama
Deixarei no mundo quem me ama
As lágrimas que rolam em meu rosto
Não sabem dizer qual é o meu desgosto

Nelson Cavaquinho

sexta-feira, maio 12, 2006

Pecado original

Se Eva traiu a confiança de Deus, por que Evo não trairia Lula?

quarta-feira, maio 10, 2006

Vigilante

Existem diversas formas de fazer a crítica da imprensa. Uma delas na base da palhaçada, está sendo encenada no momento pelo pré-candidato, Anthony Garotinho. O ex-governador do Rio mantém ridícula greve de fome como protesto pelo tratamento que recebe da mídia. Quem colocou esta singular crítica da mídia na sua exata dimensão foi outro possível pré-candidato, o presidente Lula: "Se eu fosse entrar em greve de fome cada vez que a imprensa fala mal de mim eu seria morto", disse, no dia 1º.

– Cada um protesta do jeito que quiser. Eu protesto da minha maneira. Acho que a imprensa cumpre papel importante na vida política do país, quando fala bem, quando fala mal. Não conheço ninguém que não reclama da imprensa, sou um que reclama demais da imprensa – acrescentou.

A crítica da imprensa é uma exigência das sociedades modernas e democráticas. Todos os poderes exigem um contrapoder. A imprensa se legitima na medida em que sabe exercer a vigilância sobre ela mesma. Mas quando esquece ou reluta em se criticar, surgem outros interlocutores com a sociedade.

Não nos cabe avaliar o nosso próprio trabalho, esta é sua tarefa, mas uma coisa é certa: a sociedade brasileira gostou deste avanço e não pretende abrir mão dele. A discussão sobre a imprensa entrou para o nosso cotidiano, está na nossa pauta de debates. Para sempre.

Que venham mais ouvidores (ou ombudsmans), que venham mais ONGs de crítica da mídia, que venham mais jornalistas dispostos a discutir publicamente a sua profissão. Quanto mais, melhor. A oxigenação ajuda a melhorar os ambientes. Só não ajuda quem precisa de uma greve de fome para escapar de uma imprensa vigilante.

segunda-feira, maio 08, 2006

Capítulo 2

2. O bom jornalista deve ser rigoroso no uso de terminologia com determinada carga semântica. Cuidado com a utilização de vocábulos como: "terroristas", "rebeldes", "extremistas", "imperialistas", "progressistas", "fundamentalistas", ou "bandidos". A descrição de acontecimentos ou organizações não deve ser confundida com juízos de valor. O distanciamento deve ser regra na abordagem de assuntos com carga ideológica. Todavia, ao escrever sobre políticos, deve espalhar pelo texto os vocábulos supracitados.

sábado, maio 06, 2006

Capítulo 1

1. O bom jornalista deve tratar todos os assuntos de modo distanciado e descomprometido. Pode pertencer a organizações políticas ou de outra natureza (de preferência, esquerdistas), visto que se trata de um cidadão no pleno gozo dos seus direitos constitucionais, mas tem que escrever as notícias com rigor, isenção e imparcialidade.Excetuam-se desta obrigação os jornalistas encarregados de escrever sobre políticos corruptos, os quais devem fazer por todos os meios possíveis (e impossíveis...) a denúncia pública dessa praga.

quinta-feira, maio 04, 2006

Mandamentos do jornalista

Quando você, querido (futuro) colega de profissão, se sentir estressado na redação, se sentir pressionado a entregar o texto, a editar o VT, a publicar a matéria, e achar que esta vida é coisa dos infernos, saiba que tem o dedo de Deus em tudo isso…
Conta a lenda que, quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre como ser jornalista , determinou que aquele “saber” iria ficar restrito a um grupo muito pequeno e selecionado. Mas, neste pequeno grupo, onde todos se achavam “semi-deuses”, já havia aquele que iria trair as determinações divinas. Então aconteceu o pior !!!!
Deus, muito bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns mandamentos:

Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.
Não verás teu filho crescer.
Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
Terá gastrite, se tiver sorte. Se for como os demais, terá úlcera.
A pressa será teu único amigo e as suas refeições principais serão os lanches, as pizzas e o China in Box.
Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.
Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.
11º Terás sonhos, com clientes, e não raro, resolveras problemas de trabalho neste período de sono.

12º Exibirás olheiras como troféus de guerra.
13º E, o pior… Inexplicavelmente gostará de tudo isso…

terça-feira, maio 02, 2006

Blogs em Questão

A Justiça americana tenta definir os direitos e obrigações de bloggers (autores de páginas pessoais na internet), diante de um conflito entre três bloggers e a empresa de informática Apple.Segundo a Apple, três bloggers publicaram informações comerciais secretas da companhia em seus respectivos blogs, e quer a identidade do revelador das informações.
Os bloggers buscaram proteção na lei de imprensa, argumentando que podem ocultar suas fontes. A Apple se defende dizendo que os três não são integrantes legítimos da imprensa e, portanto, não possuem os mesmos direitos.
Diante da explosão de blogs e o papel cada vez mais importante que têm no panorama informativo, não somente nos Estados Unidos, senão em todo o mundo, surgem questões quanto os direitos e as obrigações de quem os escrevem, e se quem os escrevem são ou não jornalistas.
"Este é um caso importante para todos os meios de comunicação, sejam online ou não", apontou Efe Kurt Opsahl, advogado da Fundação Fronteiras Eletrônicas (EFF, sigla em inglês), com sede em São Francisco.
O grupo, que defende a PowerPage.org, um dos meios implicados no caso, se converteu em um dos maiores expoentes da proteção dos direitos dos bloggers, e dispõe de um extenso "guia legal" onde aponta até onde alcançam os direitos da blogosfera.
Segundo a EFF e Opshal, "o importante é o formato, não o conteúdo. A questão é se um jornalista pode ou não publicar um blog".
Em uma decisão anterior, no ano passado, o juiz de um tribunal menor decidiu que os bloggers não estão protegidos pela lei que permite aos jornalistas a não revelar a identidade de suas fontes de informação.

segunda-feira, maio 01, 2006

Opiniões

Cada vez mais acredito que somente uma pessoa que nada aprendeu não modifica suas opiniões. Tenho aprendido muito, principalmente com o meu silêncio, mesmo que, às vezes, extremamente ensurdecedor. Mas, mesmo assim, tenho mudado algumas opinões. Sobre lugares e acontecimentos. Sobre pessoas, principalmente. Mas o aprender revela o desconhecimento. E o mudar de opinião, o engano. Por quê, já que era para mudar, não foi para melhor? Às vezes parece ser melhor não aprender - ou pelo menos mais cômodo.