quarta-feira, novembro 30, 2005

O Dono do Mundo II

EUA têm poder para tirar um país inteiro da rede

Tecnicamente, os Estados Unidos podem isolar um país inteiro da internet, embora poucos acreditem que isso seja provável de acontecer. O isolamento seria possível com uma alteração no principal servidor raiz da Organização da Internet para Designação de Nomes e Números (Icann, na sigla em inglês). A Icann é uma organização não governamental sem fins lucrativos sediada na Califórnia que centraliza os domínios de primeiro nível da rede, a exemplo do '.com' e o '.br'.
Esse servidor-mãe da Icann replica as atualizações feitas nele para outras máquinas espalhadas pelo mundo. Se, por exemplo, o domínio do Iraque (.iq) for tirado do sistema, as outras máquinas-espelho, como a do Brasil, perderão o contato com as páginas do país, embora a nação ainda possa utilizar a internet internamente.
- Um único país controla a internet - critica o secretário de logística e tecnologia da informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, um dos representantes do Brasil na cúpula.
Integrante brasileira do conselho da Icann e secretária de política de informática na segunda gestão de Fernando Henrique Cardoso, Vanda Scartezini, ressalva que a administração das máquinas é feita por funcionários sem interesses políticos ou ligação com o governo americano, como acadêmicos.
- É praticamente inviável que isso aconteça. Precisariam passar por cima dessas pessoas - diz.
Mesmo com a criação do fórum internacional, os Estados Unidos ainda manteriam o poder de tirar um país da rede, já que a administração de domínios continuará sendo feita pela Icann. Por ser americana, a empresa está sujeita às leis locais e às determinações do Departamento de Comércio dos EUA.


Fonte: O Globo

terça-feira, novembro 29, 2005

De um diário qualquer

Espero também uma carta que nunca chega, enquanto imensas nuvens brancas passam. O céu continua azul como o lençol da cama, o café continua em cima da mesa, e o telefone continua no gancho, mudo. Penso no resto, mas o que resta foi ali, dar uma volta - e ainda não retornou. Então deito no sofá e ponho as pernas para cima, os pés encostados na parede, a cabeça perto do chão: eu inverto o mundo. E gosto disso.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Dono do Mundo?

No início, era só um sistema de busca. Depois, o Google ensinou ao mundo como ganhar dinheiro com a internet. Agora, ameaça os negócios de mídia, software, telefonia e varejo. Onde vai parar?

As questões de ética e democracia que assombravam a mídia no século 20 foram engolidas por um onipresente software de busca e relacionamento que começou como projeto acadêmico no final dos anos 90: o Google. Os números da empresa: 109 bilhões de dólares é o seu valor de mercado na bolsa, mais que Oracle, Time Warner e Coca-Cola. 5,2 bilhões de dólares foi o faturamento nos últimos 12 meses o Yahoo!, seu concorrente direto, faturou 4,8 bilhões. 437.000% foi o crescimento das vendas nos primeiros cinco anos, um dos maiores em toda a história dos negócios.
Pense no seu dia-a-dia uns dez anos atrás. Não havia internet, não havia correio eletrônico, não havia celular. E não havia Google. "Sabemos que uma tecnologia pegou mesmo quando ela faz parte da nossa vida", disse Adam Bird, vice-presidente sênior e responsável pela área de mídia da consultoria Booz Allen Hamilton. "Não concebo a minha sem o Google." Assim como ele, pelo menos 380 milhões de pessoas usam todo mês o mais popular serviço de busca do planeta para achar de tudo - no Brasil, o Google atende 18 milhões de usuários por mês e responde por mais de 70% das buscas na internet. Procura um dentista? No Google tem. Celular novo? Pode ir ao Google. Xampus? Minério de ferro? Google nele. Quer saber das últimas notícias? Tente o Google News. Sabe aquele livro, como era o nome mesmo? Está lá no Google Print. E aquela citação? A foto de satélite? O vídeo? Os blogs? Aquela música? O e-mail perdido? A ex-namorada? Aquele amigo chato do colégio? Deixa que o Google acha. E o que ainda não está no Google logo estará. A missão declarada da empresa é "organizar a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e útil".
Traduzindo em bom português, o Google parece simplesmente querer dominar o mundo.

Fonte: Revista Exame

quinta-feira, novembro 24, 2005

Meu enigma

Às vezes fico tempo, muito tempo, sem conseguir escrever. É maior: não consigo literar. O ler e escrever é um não-ser. É um outro eu, o que escreve, e o que lê. E quando me afasto muito de mim mesmo, desisto da escrita e volto a ser.

terça-feira, novembro 22, 2005

Budismo

No último final de semana um conhecido me convidou para ingressar no budismo. Agradeci e disse que não. Ele insistiu e disse que eu precisava de uma religião. Eu disse a ele que não gosto de religiões, ao contrário. Ele disse que, sem religião, o homem não vai a lugar nenhum. Eu disse, novamente, e já meio entediado, que não precisava de religião, não pretendo ser religioso. Eu admiro Jesus Cristo, os ensinamento que deixou na Bíblia, e procuro segui-los como filosofia de vida. Então ele disse: "Há, você é crente, e disse que não gosta de religião!".
- Não, amigo, na verdade eu não gosto de religiosos. Para que, por exemplo, seria um budista? - disse a ele.
- O budismo é paz, harmonia, calma - insistiu.
- Há, entendi! Quer dizer que budismo é o contrário de ereção? - indaguei.
Não sei porque, ele desistiu da conversa, e o papo parou por ali. Graças a Deus!!!

segunda-feira, novembro 21, 2005

Dúvida

Por que as pessoas cortam árvores? Por que eu nunca plantei uma árvore?

quarta-feira, novembro 16, 2005

Escolha

"Nunca ninguém se perdeu. Tudo é verdade e caminho"

Fernando Pessoa

terça-feira, novembro 15, 2005

Re-compensa

O projeto de recuperação do acervo documental de São João Marcos, realizado pela prefeitura de Rio Claro, em parceria com a Eletronuclear, foi um dos 21 selecionados para receber o prêmio “Cultura Nota 10”, do Instituto Viva Rio e da secretaria de Cultura do Governo do Estado. O projeto foi destaque entre 269 inscritos e, em 21 de novembro, será premiado em cerimônia que acontece no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.
Os documentos recuperados contam a história da cidade de São João Marcos, destruída para a construção da Represa de Ribeirão das Lajes. O acervo, que está sendo restaurado na Casa da Cultura do município, mostra o desespero das autoridades locais com o início da construção da represa, e os casos de malária que assolou a cidade, começando pelo distrito de Arrozal do São Sebastião.
Ofícios, atas, moções e comunicados relatam o sofrimento dos moradores. Em um deles, datado de 6 de junho de 1909, a presidência da Câmara Municipal de São João Marcos noticia os fatos ocorridos na cidade para o secretário-geral do Estado do Rio de Janeiro, João Damasceno Ferreira. "A epidemia de febres motivada pela represa da Light começa a surgir dentro da cidade. São 70 enfermos no hospital e, pela marcha da moléstia, me parece que, dentro de poucos dias, ascenderá a 100", diz um trecho do ofício.
Fotografias, mapas e vários objetos originais de São João Marcos podem ser vistos na Casa da Cultura, que mantém o acervo em exposição permanente. São João Marcos é uma das cidades que mais produziram café no Brasil, e chegou a ser considerada a principal cidade do interior do estado do Rio de Janeiro no século XIX.
A única sensação ruim que fica nesta história toda é o fato de a Light, até hoje, nada fez para compensar os danos provocados, principalmente às questões ambientais. O mesmo acontece em Barra do Piraí, onde cerca de um terço do volume do Rio Paraíba do Sul e desviado para abastecer a cidade do Rio de Janeiro. Nada também foi feito para compensar as perdas da população de Barra. E tudo fica por isso. A não ser as lembranças que, eventualmente, são resgatadas. E a Light não ficará bem nem mesmo na História.

sábado, novembro 12, 2005

Autocrítica

OS DEZ ERROS MAIS COMUNS NUM WEBLOG

A lista foi organizada pelo guru da usabilidade na Web, Jakob Nielsen, tido por muitos como conservador em matéria de design e por outros como o mago da ergonomia cibernética. Como em quase todas as propostas de Nielsen, não houve consenso entre os blogueiros, provocando um enorme bate-boca virtual na avaliação da lista de erros. Mas vejamos o que o guru da usabilidade tem a dizer:

1. Falta de biografia do autor - É a primeira grande falha apontada por Nielsen. Concordo integralmente porque as informações sobre o autor são um elemento importante para o usuário contextualizar os conteúdos publicados. Parece o óbvio, mas quase metade dos blogs brasileiros não tem referências detalhadas sobre seus autores, especialmente nos blogs politicos.

2. Ausência de fotos do autor - Jakob acha que isto importante, mas tem muita gente, inclusive eu, que não considera este item tão essencial assim num blog. Num ponto ele tem razão, a fotografia pode ser útil para outras publicações, especialmente revistas e jornais, interessados em citar o weblog.

3. Títulos não descritivos - Outra crítica que causou muita polêmica, principalmente entre os jornalistas. Para Nielsen títulos abstratos não geram interesse entre os visitantes porque não fornecem indicações sobre o conteúdo do texto. Ele tem razão nesta procura de envolvimento do leitor, mas deve haver sempre espaço para criatividade porque senão fica tudo igual.

4. Links sem pistas para seu conteúdo - Este erro destacado por Nielsen é muito comum e eu já o cometi várias vezes. Trata-se de dar mínimas indicações sobre a página a que se refere o link. Um exemplo do que seria o certo: Veja a versão original da lista de erros na página de Jakob Nielsen (
http://www.useit.com/alertbox/weblogs.html).

5. Textos importantes perdidos no arquivo - Uma falha quase onipresente em todos os blogs. Se o ritmo de produção for muito intenso, textos muito interessantes podem acabar soterrados no arquivo onde só os mecanismos de busca vão achá-los. A sugestão do guru da usabilidade é procurar sempre criar links para matérias antigas em textos mais atuais.


6. A cronologia como única referência - Nielsen acha esta uma falha irritante, mas não leva em conta que esta é a grande diferença entre um blog e uma página Web normal. Também concordo que a publicação seqüencial de conteúdos faz com que só os visitantes muito assíduos consigam pegar tudo que é publicado num weblog. A solução seria o autor criar espaços laterais para destacar temas preferenciais e links para textos importantes já publicados.


7. Publicação com freqüência irregular - Há uma perda de interesse quando o blog não é atualizado com freqüência, mas este erro apontado por Nielsen também não pode levar a outro, a publicação de textos irrelevantes. A publicação deve estar condicionada a material de interesse, o que implica da parte do autor a criação do habito da pesquisa.


8. Conteúdos dispersos - A falta de foco é muito prejudicial num blog. Nisto o autor da lista conta com o consenso generalizado. Quando maior o número de weblogs (hoje já são perto de 20 milhões segundo o site Technorati), maior a necessidade de especialização num tema, porque isto cria diferenciais.


9. Não pensar no futuro - As maiores críticas recebidas por Nielsen foram neste item. Ele aconselha os blogueiros a não publicar aquilo que possa prejudicá-los no futuro, possíveis empregadores, por exemplo. Se os conselhos do guru forem seguidos, a maioria dos blogs perderá boa parte de sua criatividade e diversidade.


10. Estar hospedado num serviço de weblogs - No último item da sua lista de erros, Nielsen mostra como está distanciado da média dos habitantes da blogosfera. Só os mais bem-sucedidos têm domínio próprio, o que pode ser um símbolo de status, mas não de qualidade informativa. A esmagadora maioria usa serviços gratuitos de hospedagem como o Blogger, TypePad ou Blig.

sexta-feira, novembro 11, 2005

“A Greve Começou”

As seis horas da manhã do dia 07 de Novembro de 1988, sindicalistas distribuíam, no interior da Companhia Siderúrgica Nacional (C.S.N.), um panfleto dizendo “A Greve Começou”.
Os trabalhadores rapidamente aderiram e permaneceram no interior da Usina, pois seria uma greve de ocupação. Além da organização do sindicato, os trabalhadores contavam com o apoio da Igreja Católica, das associações de moradores, e dos familiares dos funcionários que se uniram junto à entrada principal apoiando os grevistas.
Desta vez, o sentimento de indignação, a consciência e organização dos trabalhadores, atravessavam os portões da Usina atingindo o coração de toda Volta Redonda que se sentia em greve.
A esperada tropa do Exército, presente em quatro greves anteriores, apareceu no dia seguinte com fuzis, jipes, tanques e caminhões e foi logo mostrando para que veio ocupando o interior da Usina com um grande número de soldados por duas razões: “restabelecer a ordem e preservar o patrimônio”. Como se não bastasse, policiais militares do Rio de Janeiro estavam espalhados por toda cidade como se tivessem procurando criminosos.
No terceiro dia de greve, no final da tarde, um ato público foi marcado para animar os trabalhadores que estavam a três dias dentro da Usina. Seria um momento descontraído, pois um carro de som enviaria recados dos familiares aos grevistas como nesses programas que uma pessoa oferece uma música a outra.
De repente um corre-corre nas ruas, gritos e choros, bombas de gás e a polícia, com muita covardia, batendo na população que era em grande maioria mulheres e crianças. Dentro da Usina um clima de apreensão e muita indignação tomou conta dos trabalhadores, pois viram seus familiares serem espancados e nada podiam fazer.
Os soldados que estavam na C.S.N., estavam nervosos e esperando a ordem de começar o confronto, que fora da Usina já estava generalizado.
Infelizmente, por volta de 20:30h, foram ouvidos tiros de metralhadoras dentro da Usina e a ordem foi dada e 46 companheiros ficaram feridos e 3 foram assassinados depois dessa invasão do Exército.
Os jovens trabalhadores, Carlos Augusto Barroso (19 anos), William Fernandes Leite (23 anos) e Walmir Freitas Monteiro (27 anos), tombaram exercendo seus direitos e reivindicando melhores condições de vida e de trabalho.
Mesmo após os assassinatos e prisões a greve continuou até o dia 23 de novembro. Os trabalhadores conquistaram todas as suas reivindicações, o Exército foi embora e a cidade chorou seus mortos. Mais de 50 mil pessoas estiveram presentes no enterro dos operários assassinados.

Auderi Vicente Santos

quarta-feira, novembro 09, 2005

À Toa

Quarta-feira. Meio da semana. Um frila pronto, outro por terminar. Se não houver surpresas, acabo tudo até amanhã. Vou ter um fim de semana à toa, para não fazer nada! Mas acho que podia pintar mais um frila. Afinal, a família cresceu, não é?!

terça-feira, novembro 08, 2005

Verdade sobre a Mentira

"A mentira tem pernas curtas. Mas como correm estas pernas!"
José Mojica Marins, o Zé do Caixão

sábado, novembro 05, 2005

Frase da Semana

Chavez em discurso durante manifestação pela presença de Bush na Cúpula das Américas, em Mar del Plata, na Argentina: "ALCA é o caralho!"

sexta-feira, novembro 04, 2005

Infame

Dizem que a Gripe Aviária já chegou ao Brasil, e os sintomas podem ser vistos no Campeonato Brasileiro de Futebol: Galo e Urubu estão condenados!

quinta-feira, novembro 03, 2005

Fidel em Brasília

Só falta agora os deputados das CPI's convocarem Fidel para depor, quem sabe sobre a morte de Celso Daniel, ou sobre os bingos... E tem deputado que se gaba em ser vice-presidente desse circo.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Veja Que Mentira



Campanha VEJA QUE MENTIRA Foi lançada sábado, dia 8 de novembro de 2003, às 14 horas, no Mineirinho, em Belo Horizonte, durante a realização do Fórum Social Brasileiro, a Campanha VEJA QUE MENTIRA, que tem por objetivo conscientizar a sociedade brasileira sobre os danos causados pela mídia.
A revista VEJA, da Editora Abril, simboliza a expressão mais atrasada e reacionária do jornalismo praticado pela "grande" imprensa, que distorce a realidade, criminaliza os movimentos sociais e tenta desmoralizar quem defende a democracia e os interesses do povo brasileiro.
A campanha VEJA QUE MENTIRA defende o posicionamento crítico diante das mentiras e das distorções divulgadas pela revista VEJA; pede a denúncia da revista por sua falta de ética e falta de respeito com o leitor e com a cidadania; pede que se deixe de ler e de assinar a revista até que ela mude de postura e assuma compromisso com a democracia e com a liberdade de expressão, de organização e de manifestação.
Ajude a divulgar essa campanha. Adote uma posição crítica e politicamente correta.
A defesa de uma comunicação democrática, que expresse as várias posições existentes na sociedade brasileira, é fundamental para consolidar a democracia política, social e cultural no Brasil.
Participe. Essa luta é nossa.